11.17.2010

Fernando Pessoa

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer "eu te amo". É ter humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.
Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo!

11.13.2010

Sopro de felicidade


Recebi um cartão de aniversário e dizia assim:

"Para conseguir a amizade de uma pessoa digna, é preciso desenvolver em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos" (Socrátes)

"Leona,
O que eu acho mais fascinante em você é como lida com as pessoas, sempre com carinho e atenção. Tornando tudo mais fácil. A forma como você fala, olhando sempre nos olhos, falando sempre as palavras mais precisas. Esse tipo de coisa sempre me deram e ainda dão segurança de saber que, com você, posso contar sempre.

Então, mesmo que adiantado, te desejo toda felicidade do mundo, a qual você sempre mereceu e continuará merecendo. Que você continue sempre essa pessoa atenciosa e que dá um pouco de medo. HAHA'
Feliz Aniversário!
De sua maior fã,

Fabiana - 12/11/10"

Escrito por Fabiana Ferreira Fonseca, nascida em 28/04/1997, 20 anos após eu ter nascido (puxa, to velha!) e a pessoa que definiu pra mim que amizade não tem idade e que alguém que tem muito menos experiências vividas que eu mesma, possa trocar de forma tão honrada e madura, esteja tão disposta a fazer coisas coerentes e auxiliar ao próximo, com alicerce sólido de valores compartilhados com os mesmo que vivo hoje em minha vida. Fico imensamente feliz de conseguir me colocar disponível para aprender com alguém que outrora veria apenas como uma criança inocente. E agradeço a qualquer força maior que tenha nos colocado uma no caminho da outra, para assim sempre podermos contar com nosso apoio mútuo, mesmo que a vida nos leve por rumos diferentes, o tempo e a distância não apagarão os laços criados por nós, contudo, só cabe a nós nos fazermos presentes!
Vai ser uma incrível aventura acompanhar seu crescimento e amadurecimento e de alguma forma fazer parte dele, minha querida amiga! Felicidades hoje e sempre e obrigada por desprender tanto carinho à mim!

Soneto do amigo (Vinicius de Moraes)

"Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica..."

11.10.2010

Não existe mulher feia!

Em 1919 uma campanha a favor da proibição do Alcool nos EUA mostrava a foto abaixo:

"LÁBIOS QUE PROVAM O ÁLCOOL, NÃO PROVARÃO OS NOSSOS"
Olhe BEM para elas e seja sincero...
QUEM IA PARAR DE BEBER???

P.S. Tenho certeza que elas eram esposas maravilhosas e excelente matriarcas! Belíssimas por dentro, afinal, a beleza interior é a que realmente conta,né?!

10.08.2010

Conto


Estudavam em uma classe o Ódio, a Vingança, a Tolerância e a Serenidade. O Ódio perturbava a todos e em especial a Vingança que aprontava todas com o Ódio. Tolerância muito irritada, não conseguia entender as explicações da Virtude e por isso reclamava com a Serenidade, dizendo que isso não podia ficar assim e que ela por ser a melhor aluna teria então que tomar uma providência. Serenidade dizia que bastava ela se isolar de tudo para prestar muita atenção nas aulas e assim obter as melhores notas no desempenho das questões sentimentais.Vendo aquele “blá-blá-blá” a mestra virtuosa tentou expulsar o Ódio, mas ele se recusou a sair, advertiu a Vingança, mas ela ignorou. Foi quando ralhou com a Serenidade dizendo que ela devia dar bons exemplos e não se omitir. A Serenidade começou a ficar próxima da Revolta, uma aluna que raramente comparecia, mas que também incendiava a sala. Decidida, a Tolerância resolveu ser a representante da turma, disciplinando os bagunceiros e ensinando que a passividade muitas vezes é a face oculta do egoísmo que não incomoda com nada, nem mesmo diante da virtude que possui. E assim a Tolerância estabeleceu limites a todos.

10.07.2010

Motto


A vida anda tão sem inspiração em TODAS as esferas....

Socialismo

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira. Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo'. O professor então disse: "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"... Depois que a média das primeiras provas foi tirada, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou. Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".
As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... para sua total surpresa. O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.
"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."
"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
"Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931

9.01.2010

Doe Sangue - Salve vidas!

Quem tiver contatos no RJ, por favor, retransmitir a mensagem. É importante. O INCA -Instituto Nacional do Câncer - fica na Praça da Cruz Vermelha - 23, no Centro do Rio).

Repasse a mensagem para quem vocês puderem, pois a situação do Instituto Nacional do Câncer é realmente dramática. Eles não têm sangue, nem doadores. Já saíram notas nos jornais e pouco adiantou. O Instituto Nacional do Câncer - INCA - está precisando urgentemente de doadores de sangue.




O banco de sangue está quase vazio e o Hospital enfrenta dificuldades, até para marcar cirurgias, muitas vezes, precisando recorrer a outros bancos de sangue da cidade, que também passam pela mesma dificuldade: falta de doadores.
A transfusão de sangue para pessoas com câncer é muito importante. Sem ela, muitos pacientes não conseguiriam sobreviver aos tratamentos que envolvem drogas pesadas. Para doar, basta chegar na portaria do Hospital com sua carteira de identidade ou qualquer documento similar, apresentando- se como doador.
Não vá em jejum, alimente-se de coisas leves e não gordurosas (evite derivados de leite), evite o álcool por pelo menos 12 horas.
Você deve estar em boas condições de saúde, ter entre 18 e 60 anos e pesar 50kg ou mais. Esta mensagem pode alcançar muitos doadores, se você enviar agora para outros endereços. Por favor, colabore. Faça a sua parte! Muitas vidas agradecem.


Mesmo que você não possa ou não esteja interessado em realizar a doação não deixe de repassar essa mensagem para seus amigos. É uma causa importante, todos podem colaborar de alguma maneira. ENDEREÇOS - RJ - RIO DE JANEIRO

Hospital Universitário Graffree e Guinle
Rua Mariz e Barros, 775 -Tijuca - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22290-240

Hospital Mário Kroeff - Associação Brasileira de Assistência ao Câncer
Rua Magé, nº326 - Penha Circular - Rio de Janeiro-RJ - CEP 21020-130

Instituto Nacional de Câncer - INCA - Hospital do Câncer I
Pça. Cruz Vermelha, 23 - Centro - Rio de Janeiro - RJ CEP: 20230-130

Instituto Nacional de Câncer - INCA - Hospital do Câncer II
Rua Equador, 831 - Santo Cristo - Rio de Janeiro-RJ - CEP 20220-410

Instituto Nacional de Câncer - INCA - Hospital do Câncer III
Rua Visconde de Sta. Isabel, 274 - Vila Isabel -Rio de Janeiro-RJ
CEP 20560-120

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho-UFRJ
Avenida Brigadeiro Trompowski, s/n - Ilha do Fundão - Rio de aneiro–RJ
CEP 21949-900

Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERJ
Avenida 28 de setembro, 77 - Vila Isabel - Rio de Janeiro-RJ
CEP 20555-030

Instituto de Hematologia do RJ - Hospital de Hematologia - HEMORIO
Rua Frei Caneca, 8 - Centro - Rio de Janeiro-RJ
CEP 20211-030

Volta Redonda
Radiclin - Rua 26, nº3 - Vila Santa Cecília - Volta Redonda- RJ
CEP 27260-270 - RIO DE JANEIRO -

Campos
Hospital Geral Dr. Beda - Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia LTDA.
Rua Conselheiro Otaviano, 129 - Centro - Campos-RJ - CEP 28010-272

Clínica Santa Maria Ltda.
Rua Conselheiro Otaviano, 195 - Centro - Campos-RJ - CEP 28010-140

Niterói
Hospital Universitário Antonio Pedro - UFF
Rua Marques do Paraná, 303 - Centro - Niterói-RJ - CEP 24030-210

Nova Iguaçu
Hospital Universitário de Nova Iguaçu
Avenida União, 673 - Nova Iguaçu–RJ

Instituto Oncológico Ltda.
Rua Dr. Barros Junior, 1135 - Nova Iguaçu-RJ
CEP 26215-070

8.21.2010

Diálogo entre amigas

"- Você já viu Salt?
-Não, mas li você falando sobre o filme, esses dias no twitter.
-É, viu o que?
-Você dizendo que iria e depois colocou um monte de nome de personagens, mas dizia que era meio assim....
-Cara, que maneiro, você descreveu exatamente o que eu disse, no entanto, não utilizou nenhuma das palavras que usei."


Abaixo o que falei:



Súplica

Flagele-me o corpo, pois a alma já não suporta mais essa ferida latente aberta, que pulsa incessantemente.

8.19.2010

Já foi meu comercial favorito!

Shazam

Curioso como pensar em escrever pode ser uma terapia atrativa, contudo, se falta a inspiração de nada adianta. A cabeça borbulha, transborda de idéias, de vontades, anseios, dúvidas... Como encontrar as respostas, se nem as perguntas conseguimos formular?! Esse ciclo precisa se completar logo, muitas esferas não satisfatórias convergindo. Não me agrada em nada. Hora de morphar, Dr. Gori!

8.17.2010

Reflexão

A vida é muito curta para acordar com arrependimentos.
Ame as pessoas que te tratam bem.
Ame, também, aqueles que não, só porque você pode.
Acredite que tudo acontece por uma razão.
Se tiver uma segunda chance, agarre com as duas mãos.
Se isso mudar sua vida, deixe acontecer.
Beije devagar.
Perdoe rápido.
Deus nunca disse que a vida seria fácil.
Ele simplesmente prometeu que valeria a pena.

8.15.2010

O Clã IV - Papy




Seguindo no próximo capítulo da saga do meu Clã, falo de Papai. Meu pai, sempre foi um cara tranquilo, brincalhão, bem humorado, e consigo me lembrar de várias situações em que nos divertíamos a valer com pouco, mas seu eu começar a falar sobre as inúmeras histórias divertidas, o texto não acaba nunca, vou tentar me controlar... Me lembro do meu aniversário de 19 anos quando fiz uma festa à fantasia, me vesti de mulher gato(toda me querendo.rs) e meu pai, fez sua própria fantasia, com bom humor e uma pitada do seu jeito sacana de ser, zoou seu próprio time, o Fluminense (Blarggg!), que na época foi rebaixado. Dario, meu pai, sempre foi muito habilidoso e talentoso com trabalhos criativos e manuais. Encapou seu tênis e a meia com 'contact' cor de madeira e dizia que era para celebrar os jogadores pernas de pau. Usava um cinto de bat-utilidades, onde tinha uma lanterna, pois o Fluminense era o laterna do campeonato, e ainda uma haste de sustentação de barraca de praia, pois na época houve um episódio que os jogadores brigaram em campo. Com sua camisa e bermuda oficial, pronto! Estava completo e dizia todo feliz: -Sou o jogador perna de pau, do time lanterna e dou porrada se for preciso. Uma comédia...
Quando eu e meus irmãos éramos pequenos, meu pai sempre brincava de cosquinha, apesar de dizermos que não gostávamos, amávamos! Era uma gritaria danada, minha mãe ficava louca, e a gente entrava na ciranda da cosquinha. De verdade não sei como meu pai dava conta de 3 crianças ao mesmo tempo, subindo em cima dele, gritando, pedindo 'pinico' e quando a gente conseguia se desvencilhar, não deixavamos nossos companheiros na batalha sozinhos não, nos jogávamos de cabeça novamente, e o ciclo se reinciava. Acho que quando meu pai cansava ele deixava a gente sair, mas fazia de tal maneira a acharmos que erámos nós que conseguiamos nos livrar das garras do Mr. Cosca, e saiamos com a sensação de que haviamos vencido a batalha... Exaustos, sempre alguém meio machucado ou arranhado, pois afinal, existe brincadeira mais Joselita do que cosquinha?! Mas a verdade é que ao final saímos felizes e me sinto compelida a compartilhar que hoje brinco com Pedro, meu sobrinho de 8 anos, do mesmo tipo de brincadeira, pois preciso manter o legado vivo!
Achei essa relíquia de foto, e precisei postar o estilo calça boca de sino e magreza de modelo de Papy! Minha mãe ao lado, não fica atrás com o cabelo 'Dolly Parton' morena! Temos de lá vai fumaça....

8.13.2010

Pitada de feminismo


Sou contra qualquer radicalismo, até mesmo o feminismo, mas me encontrei no texto abaixo e me senti um pouquinho melhor em relação aos dias que simplesmente não dá tempo de fazer tudo o que preciso, ou pelo menos o que eu gostaria de ter feito. Contudo, não há motivo também para esmorecer. A luta continua e eu preciso fazer as unhas!rs

"Quantas mentiras nos contaram; foram tantas, que a gente bem cedo começa a acreditar e, ainda por cima, a se achar culpada por ser burra, incompetente e sem condições de fazer da vida uma sucessão de vitórias e felicidades.Uma das mentiras: É a que nós, mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante, e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante. É muito simples: não podemos.
Não podemos; quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido, que na hora certa de mamar dorme e que à noite, quando devia estar dormindo, chora com fome, não consegue estar bem sexy quando o marido chega, para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios na trajetória de uma mulher moderna: a de amante .
Aliás, nem a de companheira; quem vai conseguir trocar uma idéia sobre a poluição da Baía de Guanabara se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto para resolver o jantar, e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo de fazer uma escova?
Mas as revistas femininas estão aí, querendo convencer as mulheres - e os maridos - de que um peixinho com ervas no forno com uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinhozinho branco é facílimo de fazer - sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar tendo aquele toque de glamour fun-da-men-tal para que dure por muitos e muitos anos. Ah, quanta mentira!
Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha; não à que faz de conta que trabalha, mas à que trabalha mesmo. No começo, ela até tenta se vestir no capricho, usar sapato de salto e estar sempre maquiada; mas cedo se vão as ilusões. Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde e vai ver um bando de mulheres maltratadas, com o cabelo horrendo, a cara lavada, e sem um pingo do glamour - aquele - das executivas da Madison.
Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele, e quando se percebe a guerra já está perdida. Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes - aqueles que enlouquecem os homens - precisa, fundamentalmente, de duas coisas: tempo e dinheiro. Tempo para hidratar os cabelos, lembrar de tomar seus 37 radicais livres, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista tailandesa e um acupunturista que a relaxe; tempo para fazer musculação, alongamento, comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas, depilação; e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar uma excelente empregada - o que também custa dinheiro.
É muito interessante a imagem da mulher que depois do expediente vai ao toalete - um toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria, retoca a maquiagem, coloca os brincos, põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai, alegremente, para uma happy hour.
Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores e de seus banheiros por lâmpadas âmbar, os índices de produtividade iriam ao infinito; não há auto-estima feminina que resista quando elas se olham nos espelhos desses recintos.
Felizes são as mulheres que têm cinco minutos - só cinco - para decidir a roupa que vão usar no trabalho; na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege, para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido. Mas tem as outras, com filhos já crescidos: essas, quando chegam em casa, têm que conversar com as crianças, perguntar como foi o dia na escola, procurar entender por que elas estão agressivas, por que o rendimento escolar está baixo.
E ainda tem as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que apronta, e sem o qual elas acham que não conseguem viver .
Segundo um conhecedor da alma humana, só existem três coisas sem as quais não se pode viver: ar, água e pão.
Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade; impossível, eu diria. Parabéns para quem consegue fingir tudo isso..."

Danuza Leão

8.12.2010

Loucos e Santos - Oscar Wilde

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.Deles não quero resposta, quero meu avesso.Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."

8.07.2010

Apenas sinta

"Can miles truly separate you from friends… If you want to be with someone you love, aren’t you already there?" — Richard Bach

8.06.2010

7.29.2010

Onde está a vávula?

Quando depositamos muita confiança ou expectativas nas pessoas, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as delas. Temos que nos bastar! Nos bastar sempre e, quando procurarmos estar com alguém, fazer isso cientes de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam, não por serem metades, mas por serem pessoas inteiras, dispostas a dividir a vida, as alegrias, os objetivos comuns e muitas outras coisas... Aprenda sempre, no entanto nunca se abandone! Não pense você que pode também viver uma vida plena e feliz, sem cercar-se de pessoas, confie, se entregue, mas tenha a certeza de que vez ou outra você vai se magoar e isso vai doer, e apesar da dor da alma não ser física ela é exponencialmente maior.
Acho que queria escrever mais, colocar algumas coisas pra fora, meu peito parece que vai explodir! A realidade é que simplesmente não consigo, penso que não são as palavras nesse momento minha váluvula de escape. Estou procurando a válvula, mas dessa vez ela está tão escondinha.

Felicidades hoje e sempre!

7.17.2010

O Clã III - Mãe (de novo!?-SIM!) 43233


Oi, gente amiga. Não sei se contei com a veemência merecida o quanto eu tenho orgulho da minha mãe. Pois bem, se não o fiz com o devido vigor, retorno com boas novas. Enfim, alguém realmente honesto e incorruptível se enveredando pela esfera política. Minha mãe, a Sra. Eliane Pacheco, está se candidatando a deputada estadual na cidade do Rio de Janeiro, e seu número é 43233 (acostume-se, ainda vou falar muito esse número!rs).
Política não é em nada a minha praia. Me envolvo o suficiente para praticar minha cidadania, pois também acho que não adianta de nada ficar de braços cruzados só reclamando. Tento estar por dentro de pelo menos algumas coisas, como por exemplo: coloquei meu nome em todas as petições para o ficha limpa, e também sei em quem não votar, como exemplo: o vereador Pedro Simon, do PMDB do RS, e, de verdade, se você não sabe o porquê, você está muito pior do que eu. Vá se informar!rs. Ta bom, vou ajudar! Eu sei que é chato... Pedro Simon foi o cara que criou a emenda que divide de forma igualitária os dividendos da exploração do petróleo dos atuais contratos e das áreas a serem licitadas, tirando do Rio, cerca de R$5bilhões. Enfim, política faz parte da minha vida, na medida mínima necessária, no entanto, como minha mãe resolveu se enveredar por essa esfera, nada mais justo que eu a apóie. E bem sei que sou suspeita, mas consigo ser bastante imparcial quando algo se refere ao meu nome e à confiabilidade que se faz tão necessária na minha profissão. Não estaria aqui fazendo discurso inflamado de emoção, e sim uma carta fria e direta apoiando, pois faria parte do protocolo. Não é o caso. Me acho sim no dever de apoiá-la, mas o faço por satisfação, por acreditar que Eliane Maria Hora Castilho Pacheco é sim gente que faz, aos 57 anos, brasileira, casada e com três filhos, formada em administração e Letras, pós graduada em Marketing pela ESPM e em docência do Ensino Superior pela UCA, aeroviária durante toda sua vida, de repente seguiu seu coração e resolveu mais uma vez descruzar os braços e ingressar em um âmbito onde entrará com a inocência de um iniciante ao sonhar que pode mudar tudo, e se deparar com dificuldades desconhecidas, arregaçando as mangas e lutando pela valorização dos profissionais. Aqui em casa acreditamos na educação como o mecanismo de crescimento e mudança que nosso país precisa.
Mamãe é uma incansável trabalhadora e sua meta é lutar acima de tudo por respeito e dignidade, nos pilares da nossa sociedade: educação, saúde, transporte, empregos e segurança, pois só assim teremos um Estado forte!
Pelo respeito à liberdade de expressão!
PV- Eliane Pacheco - 43233.

Vou fazer um vídeo de apresentação. Se quiserem fazer perguntas, por favor, mandem em reply a esse post ou no twitter @leonapacheco. Obrigada.

Bjin =)

7.12.2010

7.05.2010

Para bom entendedor, meia palavra basta!


BILHETE

"Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda..."

Mário Quintana

MM

Nova tentativa

"A paz é dom de Deus."

"Mais vale paz que vitória."

"Com paz é que se trabalha."

"Hajamos paz, morreremos velhos."

"Quem vive em paz, dorme em sossego."

"Paz e saúde, dinheiro a quem o quiser."

"Paz e paciência e morte com penitência."

"Livra-te de dever, se queres em paz viver."

"Não há paz onde canta a galinha e cala o galo."

"Quem a paz quer conservar, deve ver, ouvir e calar."

"Não há paz entre gente, nem entre as tripas do ventre."

"Quanto sabes, não dirás; quantos vês, não julgarás, e viverás em paz."

"Se anelas a paz de tua alma, retém tua paixão em calma."

"Com os bons te ajuntarás, se quiseres viver em paz."

"Se queres viver em paz, tuas portas fecharás."

"Não há paz onde canta a galinha e canta o galo."

"Teus ouvidos selarás, se quiseres viver em paz."

"No forno se ganha a paz, no forno se perde."

"Livra-te de questões, se queres viver em paz."

"Boa jornada faz quem em casa fica em paz."

"Cada um só goza a paz que o vizinho quer."

"Quem leva e traz, não deixa paz."

"Quem nega e depois faz, quer paz."

"A paz há-de se procurar sempre."

"O que é de paz cresce por si."

"Trégua não é paz."

7.01.2010

Machado de Assis - Menina-Moça


Está naquela idade inquieta e duvidosa,
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.

Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem cousas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.

Outras vezes valsando, o seio lhe palpita,
De cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.

Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir as asas de um anjo e tranças de uma huri.

Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; e raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.

Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.

Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.

Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando-se talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.

Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!

Ah! se nesse momento, alucinado, fores
Cair-lhe aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar de teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.

É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!

Magiquinha

Bobinha, mas interessante! Será que alguém coloca na avenida ano que vem?!

PAZ


6.30.2010

O Clã II - Causo da Sis


Uma das histórias que mais curto da época da minha infância, é a história do "vamu pa paia" que tem como protagonista a minha irmã mais nova, no entanto, todos os envolvidos fazem participações especiais.
Era um dia ensolarado e estávamos indo à praia, na super caravan verde do meu pai. Ele dirigia, ao seu lado meu irmão, atrás tinha minha irmã, no meio entre os bancos... a ordem eu não me lembro bem... mas estavámos, eu, Andrezza e seu namorado na época, Bruno. Trafegávamos na estrada grajaú-jacarépagua, todos muito felizes, principalmente a Ilana, minha irmã, que tinha acabado de tomar uma super-ultra mamadeira, e estava muito alegre, faceira e cantava -♫"Vamu pa paia, vamu pa paiaaaaaaaaa"♫- Não satisfeita em demonstrar sua felicidade dessa forma, deixava o corpo solto em todas as curvas da sinuosa pista e ainda por cima balançava a cabeça e girava, quase como a Linda Blair no exorcista, e continuava -♫"Vamu pa paia, vamu pa paiaaaaaaaaa"♫- Meu pai já havia avisado umas 100 vezes, -Ilana, para com isso que você vai passar mal- Nós alheios ao que estava por vir, admirávamos a paisagem e viajamos em nossos mundinhos aguardando a chegada, tão esperada, à praia. Um pouco antes de chegarmos ao cume, na altura de onde havia um restaurante, Cabana da serra, a cantoria foi abruptamente interrompida -♫"Vamu pa paia, vamu pa p... - por uma monstruosa golfada, e adivinhem vocês em cima de quem?! Claro que em cima de mim! E mais do que prontamente o caos se instaurou. Eu gritava, chorava, e perguntava - Pq eu?Pq eu?- Vomitei por cima. Meu irmão, colocou metade do corpo pra fora da janela e gritava por socorro. Minha prima se grudou do vidro feito lagartixa e dizia:-Não encosta em mim- Bruno, pulou para o bagageiro e balbuciava - Consegui, consegui fugir- Meu pai, em meio a todo aquele pandemônio, com sua voz grossa tentava sobrepor, todos os gritos histéricos e dirigir - Para com isso, que eu to ficando nervoso- Ilana, ainda tentava cantar, mas a boca ainda suja impossibilitava! Continuamos dessa forma, por volta de uns 10 min, o cheiro era insuportável e a ânsia era geral, até chegarmos ao pé da serra e parar no posto de gasolina, todos saíram correndo do carro, eu corri para o regador e pedia -Moço,moço, joga água-
Nos limpamos e seguimos, afinal um banho de mar é pra lavar a alma, mas o cheiro ficou entranhado!
Sei que a história é nojentinha, mas é o que dizem "recordar e viver" -Blargggggg
Te amo Sis, mas não esqueci dessa golfada em mim, vai ter volta,ou será que já teve?! rs

6.24.2010

Singular Clarice

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

Clarice Lispector

6.23.2010

Dia sem Globo!

O técnico da seleção brasileira abriu fogo contra a Rede Globo. Dunga deu na canela do comentarista Alex Escobar, da Globo. Grosseria gratuita e sem necessidade, nisso eu tenho que concordar. Entreevista coletiva mundial e o técnico da melhor seleção do mundo mostrando toda sua 'mala educacion'. Poucas horas depois, um dos apresentadores do programa Fantástico, Tadeu Schmidt, da África leu um editorial da emissora detonando Dunga. Tudo tem um porque, antes do ataque ao Dunga no Fantástico, o Jornal O Globo já havia descido a lenha na seleção e principalmente no seu treinador. Qual a razão dessa súbita mudança de comportamento?
Vamos entender os fatos:
Segunda feira, véspera do jogo de estréia da seleção brasileira contra a Coréia do Norte, por volta de 11 horas da manhã, hora local na África do Sul. Eis que de repente, aportam na entrada da concentração do Brasil, dona Fátima Bernardes, toda poderosa primeira dama do jornalismo televisivo, acompanhada do repórter Tino Marcos e mais uma equipe completa de filmagem, iluminação etc.
Indagada pelo chefe de segurança do que se tratava, a esposa do poderoso William Bonner sentenciou: “Estamos aqui para fazer uma REPORTAGEM EXCLUSIVA para a TV Globo, com o treinador e alguns jogadores...”.
Comunicado do fato, o técnico Dunga, PESSOALMENTE dirigiu-se ao portão e após ouvir da Sra. Fátima o mesmo blá-blá-blá, foi incisivo, curto e grosso, como convém a uma pessoa da sua formação: “Me desculpe, minha senhora, mas aqui não tem essa de “REPORTAGEM EXCLUSIVA” para a rede Globo, ou a gente fala pra todas as emissoras de TV ou não fala pra nenhuma...”.- Brilhante! Pela vez primeira em mais de 40 anos, um brasileiro peitava publicamente a Vênus Platinada!-
“Mas... - prosseguiu dona Fátima - esse acordo foi feito ontem entre o Renato (Maurício Prado, chefe de redação de esportes de O Globo) e o Presidente Ricardo Teixeira. Tenho autorização para realizar a matéria”.
Dunga: - “Não tem autorização nem meia autorização, aqui nesse espaço eu é que resolvo o que é melhor para a minha equipe. E com licença que eu tenho mais o que fazer. E pode mandar dizer pro Ricardo (Teixeira) que se ele quer insistir com isso, eu entrego o cargo agora mesmo!”.
O treinador então virou as costas para a supra sumo do pedantismo e saiu sem ao menos se despedir. Dunga pode até perder a classificação, a Copa, seu time pode até tomar uma goleada, qualquer fiasqueira na África, mas sua atitude passa à história como um exemplo de coragem e independência frente a uma das instituições privadas mais poderosas no país e que tem por hábito impor suas vontades, eis que é líder de audiência e por isso se acha acima do bem e do mal.
Em linguagem popular, o Dunga simplesmente mijou na Vênus Platinada!
Após, a poderosa Globo, a mesma que levou o Collorido ao poder e depois o detonou por seus interesses, agora difama o Dunga, tá certo que o cara é mais ogro que o Shrek, mas não teve o direito de se defender dos ataques em momento algum.
Falar mal do cara é liberdade de imprensa. Ouvir o cara não pode?
A reação do povo foi imediata. O editorial lido no programa "Fantástico", da Rede Globo, deu repercussão no mundo virtual. E pela primeira vez na história o Brasil inteiro apóia o técnico da Seleção. Só a Globo para conseguir isso...
Dentre os assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira (21), a frase "Cala boca, Tadeu Schmidt" era líder absoluta, superou até a antecessora "Cala Boca, Galvão", que liderou por dias seguidos os Trending Topics.
E não parou por ai. Em apoio ao técnico da seleção brasileira, os twiteiros lançaram o "DiaSemGlobo", que será nessa sexta-feira, quando o Brasil vai jogar com a seleção de Portugal, no encerramento da primeira fase da copa.
Todo mundo na Band, ou em outra emissora, não vamos sintonizar a Globo na sexta-feira, temos que começar a deixar de ser gado manso, mostrar que não somos trouxas manipuláveis.
VAMOS FAZER O BRASIL INTEIRO PENSAR !!!!! Coloca todo mundo no cantinho de castigo e sem globo!rs

6.22.2010

Cotidiano

Em meu cotidiano de práticas pedagógicas me vejo envolvida em um processo de reflexões e indagações que me faz repensar, e reinventar as metodologias de prática educativa. Com certeza, possuo influências, mas também um estilo próprio desenvolvido com a experiência, estudo e a troca diária.
A vivência pessoal, ao mergulhar nesse ambiente de atuação profissional, suscitaram indagações, possibilidades e desassossegos; exigindo assim a tentativa de compreender e apontar novas proposições a essas relações complexas que vamos construindo o entendimento que a educação nada mais é do que estímulo, troca e principalmente busca. É necessário que se busque, constantemente, respostas as questões que se entrecruzam com frequência em nosso cotidiano, pois a própria tentativa, apaixonada e comprometida, de se encontrar soluções possibilita grandes avanços na prática do educador, na sua busca por uma educação mais crítica, que proporcione uma mudança nesse quadro excludente que, há muito, as esferas de ação social vêm contribuindo para a reprodução e as políticas públicas educacionais não estão conseguindo mudar essa realidade.
Percebo diariamente o quanto é importante na escola propiciar aos alunos atividades que o potencialize como ser social, cheio de possibilidades e sonhos. Porém, em algumas de nossas experiências encontramos adolescentes que perderam o gosto pela escola, pela sala de aula, por estudar. Sempre tento suscitar nos alunos a importância dos sonhos, de ter objetivos, metas a serem conquistadas, mas sem devaneios, trazendo-os para a realidade e fazendo-os perceber que vivemos as regras ditadas por um regime social capitalista, com situações desiguais e em modos de produção excludentes e injustos. Onde geralmente a grande maioria da população prefere se omitir e 'deixar passar' pra ver no que dá, mesmo que isso signifique prejuízo, existe o limite tolerável para tal.
As vezes sinto como se estivesse desabafando com os alunos e ao mesmo tempo que os questiono, o faço internamente, comigo mesma. E de que forma poderia fazer algo diferente? Alguma coisa é preciso fazer, porém com certeza, vejo que minha fala, solta, desconexa, solitária, não faria com que eles conseguissem ter a noção dos fatos ou leituras críticas; na verdade, eu falo mais pela minha necessidade, indignação, susto... E um prazer inenarrável em ajudar o próximo!
Repenso constantemente meus limites, o que acredito e até onde conseguiria fazer algo. Existe um forte impacto emocional ao se lidar com um grupo numeroso de pessoas, as quais de alguma forma me sinto responsável sobre. Partindo dessa experiência, percebi o quanto é necessário discutir as práticas pedagógicas e construir no coletivo,tanto quanto respeitar as individualidades, pois são nesses espaços de discussão e reflexão que torna-se possível a construção de saberes.
Quando percebo estar distante de uma solução para as problemáticas apresentadas no cotidiano, tento buscar ajuda, refletir, ponderar bastante sobre essa situação e assim vou aliviando a carga negativa de impotência perante as coisas que gostaria, mas não posso mudar.
Penso ser de vital importância que os sujeitos que atuam na escola sejam os protagonistas de suas falas e de seus saberes. Esse exercício precisa transformar-se em uma necessidade de todos que, de alguma forma, fazem a educação acontecer neste país. Afinal, educar é um ato de amor e só dessa forma o conhecimento será plenamente compreendido e internalizado. Sem dúvida, deparo com obstáculos, dificuldades e desafios que permeiam o processo de docência, mas essa é a vida, profissional, pessoal, familiar, ou qualquer outra vertente que por ventura elucubremos.
É preciso constantemente reavaliar, inovar, estar atualizado, mas acima de tudo atuar pensando em como nossas reflexões agregam mudanças, modificam ações, potencializam intervenções.

Ler Paulo Freire dá nisso, rs!

6.01.2010

Momento Manguaça Cultural

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora? A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'. Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE' Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo. (História contada no Museu do Homem do Nordeste).

5.28.2010

Torre das Olimpíadas de 2016 RIO
















Solar City Tower - A Torre das Olimpíadas de 2016 - Rio de Janeiro

O desafio passou por conceber uma estrutura vertical localizada na ilha de Cotonduba que, além de ter a função de torre de observação, se torne num símbolo de boas-vindas para quem chegar ao Rio de Janeiro por via aérea ou marítima, uma vez que esta será a cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2016.
Projectada pelo gabinete RAFAA, sedeado em Zurique, na Suíça, e denominada «Solar City Tower», esta estrutura foi escolhida como a resposta adequada à proposta inicial e tem a potencialidade de gerar energia suficiente não só para a aldeia olímpica, como para parte da cidade do Rio.
A sua concepção permite-lhe aproveitar a energia solar diurna através de painés localizados ao nível do solo, ao mesmo tempo que a energia excessiva produzida é canalizada para bombear água do mar pelo interior da torre, produzindo um efeito de queda de água no exterior. Esta água é simultaneamente reaproveitada através de turbinas com o objectivo de produzir energia durante o período nocturno.
Estas características permitem atribuir o epíteto de torre sustentável a este projecto, dando continuidade a alguns dos pressupostos do «United Nation´s Earth Summit» de 1992, que ocorreu igualmente no Rio de Janeiro, contribuíndo para fomentar junto dos habitantes da cidade a utilização dos recursos naturais para a produção de energia.
A Solar City Tower engloba ainda outras funcionalidades. Anfiteatro, auditório, cafetaria e lojas são acessíveis no piso térreo, a partir do qual se acede igualmente ao elevador público que conduzirá os visitantes a vários observatórios, assim como a uma plataforma retráctil para a prática de bungee jumping.
No cimo da torre é possível apreciar toda a paisagem que circunda a ilha onde estará implementada, bem como a queda de água gerada por todo o sistema que integra a Solar City Tower, tornando-a num ponto de referência dos Jogos Olímpicos de 2016 e da cidade do Rio de Janeiro.

Para quem quer ter filhos! Eu quero, Putz!

5.13.2010

Sylvia Earle



Sylvia Earle, uma das mais conhecidas oceanógrafas do mundo compartilha imagens maravilhosas do oceano - e as estatísticas apavorantes de seu declínio rápido - enquanto fala sobre seu desejo que lhe rendeu o prêmio TED: que todos façamos parte na proteção deste verdadeiro coração azul do planeta.

5.12.2010

O Preferido, na minha cadência!

Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar,
Sem nada já que me atraia, nem nada que desejar,
Farei um sonho, terei meu dia, fecharei a vida,
E nunca terei agonia, pois dormirei de seguida.

A vida é como uma sombra que passa por sôbre um rio
Ou como um passo na alfombra de um quarto que jaz vazio;
O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é;
A glória concede e nega; não tem verdades a fé.

Por isso na orla morena da praia calada e só,
Tenho a alma feita pequena, livre de mágoa e de dó;
Sonho sem quase já ser, perco sem nunca ter tido,
E comecei a morrer muito antes de ter vivido.

Dêem-me, onde aqui jazo, só uma brisa que passe,
Não quero nada do ocaso, senão a brisa na face;
Dêem-me um vago amor de quanto nunca terei,
Não quero gôzo nem dor, não quero vida nem lei.

Só, no silêncio cercado pelo som branco do mar,
Quero dormir sossegado, sem nada que desejar,
Quero dormir na distância de um ser que nunca foi seu,
Tocado do ar sem fragrância da brisa de qualquer céu.

Fonte: Pessoa, F. 1985. Poesia de todos os tempos, seleção e introdução de Cleonice Beraedinelli. RJ, Nova Fronteira.


5.11.2010

Coração verde e amarelo

"Na torcida são milhões de treinadores,
Cada um já escalou a seleção,
O verde o amarelo são as cores que a gente grita no coração,
A torcida vibra canta e se agita e grita o brasil é campeão,
No toque de bola pra nossa escola nossa maior tradição,
Eu sei que vou , vou do jeito que eu sei , de gol em gol,
Com direito a replay eu sei que vou com o coração batendo,
A mil a taça na raça e brasil."

Convocação - África do Sul 2010 - Fonte site da CBF

Julio Cesar - Internazionale
Doni - Roma
Gomes - Tottenham Hotspur
Maicon - Internazionale
Daniel Alves - Barcelona
Lucio - Internazionale
Juan - Roma
Luisão - Benfica
Thiago Silva - Milan
Gilberto - Cruzeiro
Michel Bastos - Lyon
Gilberto Silva - Panathinaikos
Felipe Melo - Juventus
Josué - Wolfsburg
Elano - Galatasaray
Ramires - Benfica
Kleberson - Flamengo
Kaká - Real Madrid
Julio Baptista - Roma
Robinho - Santos
Nilmar - Villareal
Luís Fabiano - Sevilla
Grafite - Wolfsburg

5.10.2010

Dia Das Mães!

"O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho."

Agatha Christie

5.08.2010

Parabéns Pai!


Pai!
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...

Pai!
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...

Pai!
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer...

Pai!
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor
Prá você...

Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...

Pai!
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...

Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Prá pedir prá você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Ah! Ah! Ah!...

Pai!
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai! Paz!...

4.30.2010

Se beber não dirija!

A era dos adultos infantilizados


Se não conseguimos crescer, como será possível educar os filhos? Eliane Brum

"Na semana passada, um amigo me enviou um email com o anúncio de um personal organizer. Ele sugeria que eu contratasse um desses “profissionais” para arrumar a minha mesa. Era uma sacanagem, claro. Eu detenho o título de autora da mesa mais bagunçada da Época desde que entrei na equipe da revista, em janeiro de 2000. Nesse quesito, sou imbatível. Na minha mesa, é possível encontrar, convivendo ecumenicamente lado a lado (ou um em cima do outro), um saco de salgadinhos, uma imagem de São Francisco de Assis, uma lagosta de borracha e um dicionário de sinônimos. Isso em apenas um cantinho. Às vezes preciso escrever com os cotovelos grudados no corpo, porque não tenho outro lugar para apoiá-los. Embora venha cogitando ter uma mesa organizada há umas duas décadas, na minha bagunça pessoal eu acho tudo e não perco nada – ou quase nada. É o meu jeito.
Mas há algo bem interessante na brincadeira do meu amigo. A multiplicação de termos como personal e coach diz muito sobre a época em que vivemos. E sobre os adultos que nos tornamos.
O conceito de infância, como o conhecemos, se consolidou no Ocidente a partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que fossem desmamadas e conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. E, como tal, eram responsáveis pelas consequências de seus atos. A infância, como idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente novo.
Nem sempre as crianças significaram a promessa para o futuro tanto de uma família como de uma nação. A infância não é um conceito natural ou determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também ou principalmente uma invenção cultural, um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e sociais do mundo dos humanos, em permanente mudança e construção.
Me parece que hoje há algo novo nesse cenário. A partir do século XXI, vivemos a era dos adultos infantilizados. Uma espécie de infância permanente do indivíduo. Não é por acaso que os coaches proliferam. Coach, em inglês, significa treinador. Originalmente, treinador de times e de esportistas. Mas que foi ampliada para treinador de tudo, inclusive de como viver: os life coaches. Personal trainers têm função semelhante. Treinar alguém para se exercitar, comer, se vestir, namorar, conseguir amigos e emprego, lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e também organizar os armários e a mesa de trabalho, como na sugestão do meu amigo.
Nesses conceitos importados dos Estados Unidos, o país que transformou a infância numa bilionária indústria cultural e de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos no que se convencionou chamar de idade adulta, não sabemos lidar com nenhum aspecto da vida sozinhos. Coaches e personal trainers podem ser eufemismos para uma função muito parecida com a da babá. Crescemos, terminamos a escola, constituímos família ou não, vamos para o mercado de trabalho, mas precisamos de alguém que arrume nossa mesa e nossa casa, nos ensine a comer direito, nos diga como namorar e conseguir amigos, nos treine para impressionar o chefe e conquistar uma promoção. Nos ensine, em programas diários, semanais, mensais e anuais, como num planejamento das metas de uma empresa, a viver, como no caso dos life coaches.
Ao nos reduzirmos a adultos que precisam de babás por total incapacidade de lidar com qualquer aspecto da vida, do sentimental ao profissional, a que renunciamos? A muito. Mas o principal é que renunciamos à responsabilidade. A construção contemporânea de infância está fundamentada no conceito de que, tanto no estatuto social quanto no jurídico, crianças são seres com direito à proteção e à educação – mas sem responsabilidade pelos seus atos. Crescer, tornar-se adulto, é justamente passar a responsabilizar-se pelos seus atos. Mas, no caso das novas gerações de 20, 30, 40 anos, se isso ainda vale para o estatuto jurídico, parece perder força no estatuto social.
Os adultos desse início de milênio parecem prolongar a infância no sentido da não-responsabilização. São sinais, aqui e ali, de uma transformação na forma de ver a si mesmo – e de ser visto. É corriqueiro testemunhar, seja no bar ou na empresa, gente que fica muito surpresa porque seus atos motivaram uma reação indesejável, uma conseqüência pela qual precisam responder. Nesse momento, vemos adultos com cara de surpresa, olhos arregalados como os de uma criança. Parecem pensar: “Mas por que eu, que sou tão bacana, tão inteligente, tão cool?”. Quando podem, chamam os pais, os advogados.... os coaches para salvá-los. A expectativa, como um direito adquirido, é a de que sempre serão “perdoados”.
Da mesma maneira, encarnam a geração do “eu mereço”. Se não há responsabilidade pelos seus atos, também não há responsabilidade pelas suas conquistas. Está cada vez mais diluída a ideia de trabalhar por aquilo que se quer com a consciência de que custa tempo, esforço, dedicação. Escolhas e também perdas, frustrações. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. É uma espécie de visão contemporânea da ideia mística de destino, de predestinação. Ou apenas uma questão de usar a estratégia certa. E, para nos ensinar a traçá-la, buscamos um business coach.
O “eu mereço” vem a priori. “Eu mereço porque eu sou eu”. Ou: “Eu existo, logo mereço”. O fazer por merecer foi eliminado da equação. Quando essa crença, tão fundamentalista quanto os preceitos de algumas religiões, fracassa, aí é hora de buscar o happiness coach (treinador de felicidade), o dating coach (treinador de relacionamentos amorosos), o health coach (treinador de saúde), o conflict coach (treinador de conflitos matrimoniais e profissionais), o diet coach (treinador de alimentação saudável). O life coach. É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí – e as que estão vindo – parecem não perceber que a vida é dura e dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi possível alcançar.
Muito se tem falado e escrito sobre a falta de limites das crianças de hoje. E aqui o “de hoje” faz realmente sentido. A partir da constatação de que as crianças não param quietas um minuto, em lugar nenhum, a psiquiatria criou síndromes no mínimo curiosas. A indústria dos medicamentos estimulou a disseminação de drogas no mínimo questionáveis. Foram tecidas teses de todo o tipo, algumas delas bem estapafúrdias. Ou no mínimo curiosas.
Afinal, os professores choram em sala de aula pela prepotência dos alunos. E ninguém mais aguenta crianças berrando nos restaurantes, falando nos cinemas, atropelando nos corredores. Eu, que sou bem pouco tolerante não só com crianças mal-educadas, mas com gente mal-educada, em geral reclamo. Os pequenos e rosados pimpolhos costumam me olhar com os olhos estalados: “Mas eu sou tão fofo! Por que você não gosta de mim?”. E as mães, indignadas por eu não me render ao encanto de seus rebentos, também me olham ofendidas: “Mas ele é tão fofo! Todo mundo gosta dele. Você deve ter algum problema!”. E lá vem a ofensa predileta para atingir uma mulher: “Sua mal-amada!”.
Para além das boas hipóteses das muitas teses e debates sobre o fenômeno da infância insuportável, me parece que vale a pena pensar sobre quem são os pais dessas crianças. Se os pais são adultos infantilizados, que não conseguem se responsabilizar pelas suas vidas – e muitos nem acham que precisam... –, como esperar que suas crianças se responsabilizem? Como esperar que os pais sejam pais se continuam sendo filhos?
Esses pais continuam sendo filhos ao não responsabilizarem-se pelas suas vidas. Ao permitir que seus filhos façam o que bem entendem, não só dentro de casa, mas no espaço público, estão escolhendo o que dá menos trabalho. Sim, porque educar, botar limites, se importar, dá muito trabalho. E exige tempo, gasto de energia, esforço. Amor. O mais fácil é deixar para lá. Ou bater a porta da rua e deixar que a babá – a de seus filhos – se vire. Mas há algo mais.
Me parece que a permissividade com os filhos é uma permissividade consigo mesmo. Se os filhos encarnam o ideal dos pais, se neles estão colocados os desejos e as melhores esperanças dos pais, não seria de esperar que o ideal de pais infantilizados seja o de que os filhos possam tudo? Bem ou mal, ainda que andem pelo mundo como se não tivessem responsabilidade nem por si mesmos nem pelos destinos do planeta, em alguma medida esses adultos precisam lidar com as consequências de seus atos – ou não-atos.
É de se esperar que, para os filhos, desejem, consciente ou inconscientemente, que possam fazer tudo sem nenhuma espécie de retaliação. Aos filhos, tudo deve ser permitido. Algo como: “se para mim não está sendo assim, que pelo menos seja para os meus filhos”. Um ideal tão óbvio como é o desejo que os filhos se formem na universidade para os pais que não puderam estudar ou que o filho tenha casa própria para os pais que viveram a vida inteira de aluguel.
Desde que a infância se tornou um depositário do futuro, os pais desejam que os filhos realizem aquilo que não puderam realizar. Não seria lógico que os pais que se tornaram adultos sem se responsabilizar pela vida – sem sair da infância, portanto – desejem que os filhos possam fazer tudo? Nesse sentido, é ainda mais grave do que parece: ao permitir tudo, esses pais estão fazendo o melhor que podem para o cumprimento de suas mais caras esperanças.

Há muito para pensar. E, por enquanto – ufa! – ainda não inventaram um think coach."

Eliane Brum

Reunião dos famosos!

Então se acha, mais sabido do que o Bido?! Quero ver quem sabe um monte aí?
Boa sorte!
Bjin=)

p.s. É só clicar na foto, que você vê em tamanho maior!

Nunca cante vitória antes do tempo

4.29.2010

Utilidade Pública - Multa de trânsito


No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.

Código de Trânsito Brasileiro
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.

4.28.2010

A Brincadeirinha


Então, a primeira brincadeira é a seguinte: a gente vai produzir um texto. Falar de um tema polêmico, descer o barraco ou quem sabe criar um conto de fadas. Independente da definição, temos que ter sempre atitude otimista, tentando trazer vibrações positivas - mesmo quando seu humor não estiver dos melhores. Acrescentando coisas de cultura, valores ou até mesmo engraçadas. Sem baixarias, por favor, senão a gente veta logo! Pensar em um monte de gente em prol de uma causa. Mesmo que a principio seja um texto, me motiva, pois quem sabe depois a gente não se junta pra angariar fundos para uma instituição ou algo para ajudar o próximo. Eu sempre quero fazer esse tipo de coisa, mas fico com medo de gastarem meu dinheiro e não darem a quem realmente precisa. Então, faço minha parte do jeito que posso! Mas depois conto em outro post aqui no blog! Tô aqui para falar da brincadeira. Não quero que fique longo, senão fica chato!

Quanto mais participantes melhor. Fica mais divertido! Escolho o tema (quem tiver idéias pode iniciar seu próprio texto e depois publicar para lermos), depois escolho um seguidor para mandar uma mensagem direta. Escrevo para ele(a) uma frase pra iniciar o conto, lembrando de colocar dia, hora e o número da mensagem, pois teremos exatamente 24 horas para terminar e ter produzido um texto. Logo, se eu iniciei uma história às 23:58 do dia 27/04/2010, aquele texto terminaria extamente 24 horas depois - adoro essa próximidade que dá quando alguns de vocês pensaram no que estavam fazendo nesse dia, nessa hora, ou não, né?! Enfim. Se você abrir seu twitter às 22:00 do dia 28/04/2010, tem que tratar de começar a finalizar o conto, mas não fechando completamente, pois ainda tem tempo, para alguém dar um final completo! Só termina quando acaba, não é mesmo?!

Ao reler o texto, fui vendo que a explicação estava grande. Mas na prática é tranquilo, pois não tem que escrever tudo! Vou dar um exemplo de como seria a mensagem. O cabeçalho (me senti na escola) vai ser assim: (@leonapacheco @sguenis #contodefadasPimentinhavozderouxinol 1.23:58 27ABR2010 ). Tem que mudar o nome da pessoa para quem você mandar. Nesse caso, @sguenis, mudar o número logo depois do nome da história. Nesse caso, 1. Ordem crescente, lógico, né galera?! Além da hora e data que você está escrevendo e mudar a frase para a sua colaboração na história. Não pode esquecer de nada, pessoal. O nome da frente será da pessoa que inciar a história. Todas as mensagens devem ser enviadas para essa pessoa, para que possa ser publicado. No meu caso, no blog.

Aqui explico para quem quer entender detalhadamente, mas, se você é esperto pra caramba, não precisa de explicações tim tim por tim tim (quanto tempo que eu não isso ouço isso. Tô ficando velha!) Enfim, vamos ao manual :

@leonapacheco (separados) @sguenis (separado) #(para criarmos um tópico) contodefadas (tema) Pimentinhavoz de rouxinol(título) (todas as letras depois do # tem que ser juntinhas, mas é só copiar e colar de quem te mandou). (aqui, dê espaço) 1(ordem na história), 23:58(hora)ABR272010(Data) (aqui começa a sua parte no conto) Era uma vez uma menina ruivinha, ela morava no casebre mais... Não é muita coisa mesmo, por isso temos que conseguir mais amigos para brincar! Seu objetivo é convencer uma outra pessoa a participar e a vir ler as regras do jogo. Aí vai entender o que queremos fazer. Começaremos modestos, mas logo traremos mais adeptos. Mas alto lá! Tem que ter sorte e ser honesto. Se você enviar para uma pessoa que não estiver online, ela vai demorar a te responder, aí nosso conto pode não ter final, e perde a graça. Só quem você sabe que é twiteiro dá para chamar. Mas tente chamar pessoas diferentes! Tem que ser honesto para não escrever no mesmo tema duas vezes. Se uma pessoa mandou de novo para você, responda dizendo: ESCOLHA OUTRA PESSOA EU JÁ FUI (onde você deveria escrever seu texto).

Não prometo iniciar um tema todo dia, pois para publicar ficaria difícil. E tem que estar sempre disponível para twitar. Mas espero realmente trocar, aprender, ensinar... qualquer coisa voltada para o bem, que possamos passar adiante! Algumas histórias podem ficar sem pé nem cabeça, mas, pretensão minha ou não, acredito que todo mundo tem algo legal, engraçado ou solidário para acrescentar!

A publicação ainda tô bolando, para que saibamos todas as pessoas que participaram daquela história. Aceito sugestões, mas já tô pensando em algo. Vou colocar em outro post os exemplos. Se quiserem votar, beleza! Acredito em democracia!

Será que vai dar certo?! Bom, é uma tentativa, mas sou de fé! Fiquem com Deus!

Bjin=)

4.23.2010

O Clã I - Mamãe


Ainda não sei se é exatamente o que quero escrever, bem, é claro que é o quero escrever, mas sabe aquela sensação de que você precisa estar super inspirada para escrever, ainda mais sobre tema tão único e especial?! Então... quando chegar esse momento de inspiração retomo, mas por hora, deu sim para fazer uma singela homenagem a minha progenitora e amiga!
Há algum tempo atrás (Out/09) fiz uma introdução da saga do meu clã, demorou um pouco para chegar o primeiro capítulo, mas chegou! Vou falar da mamãe, figura importantíssima na minha história, por motivos óbvios e outros nem tão óbvios assim, que vou relatar tentando sempre me ater às histórias mais factuais do que sentimentos, até por que, são tantas emoções que a retórica não comporta.
Tem tanta coisa a ser dita... Nossa, nem sei por onde começar... Bom, vamos lá!

Mamy, como a chamo a maior parte do tempo, mas às vezes a chamo de Madresita, ou Mamãe mesmo, a não ser quando grito para chamá-la, aí, é um contundente Manhêeeeeeeeeeeeeeeeee, e ainda por cima quando falo assim, às vezes canto ... “0 Tonico me bate-eu, levou meu saco de pipoca...”Sim, sou desse tempo! Voltando.... Mamy sempre foi uma mulher muito batalhadora, trabalha muito e trabalhava ainda mais quando eu e meus irmãos éramos crianças (é por que, pequeno a gente nunca foi). Ela sempre trabalhou no ramo da aviação, o que nos proporcionou muitas viagens maravilhosas e um enriquecimento cultural inigualável durante nossa infância e adolescência.
Quando criança, nós a chamávamos de “GENERALA”, ela sempre teve aquele estilo mandona, mas sempre demonstrou seu carinho e o quanto se preocupava conosco. Nunca foi muito chegada a mimos e melação, mas seu jeito único de escrever “Amor Mamãe” ao final de cada carta ou cartão-postal sempre foi singularmente especial.
Sempre tivemos uma ótima relação mãe-filha, mais ou menos no meio da minha adolescência agregamos um outro tipo de relação, nos tornamos amigas. Nossa amizade já tinha alicerce sólido e ao longo dos anos foi se solidificando. Resolvemos entrar na faculdade juntas e nos demos força, apoio, motivação e até uma colinha, ao longo de todo período. É ainda mais emocionante receber o canudo ao lado da sua genitora (haja coração!).
Hoje, somos grandes amigas, dispostas sempre a ajudar a outra em qualquer esfera que se faça necessária.
Admiro minha mãe, não só pela noite inspirada em que fui concebida, mas por ela ser uma grande mulher, disposta sempre a auxiliar o próximo, em sua busca incessante de se tornar uma pessoa cada vez mais iluminada.
Atualmente ela almeja se candidatar a deputada(ops, não pode fazer propaganda ainda, se não toma multa. - Sim, ela é certinha! Que orgulho!), e modéstia a parte, acho minha mãe uma mulher mega competente, esforçada, integra, honesta e muito sincera (as vezes até demais!rs). Meu voto ela já ganhou! - Tudo bem, sou suspeita a falar, sou adepta a 'corujisses', mas justa. Elogios e críticas quando se fazem necessários-
Espero apenas um dia poder oferecer-lhe facilidades as quais ela abriu mão para que eu hoje fosse a pessoa feliz e realizada que sou! Te amo mãe!

El Culebrón