(...)Mudando de assunto rapidamente, eu queria dizer que muitas vezes eu sonho em ser a heroína da minha própria história, tipo uma epopéia mesmo, pois não sei se ser famosa é algo que eu gostaria realmente, acho muita invasão de privacidade, e como eu disse, tem uma parte aqui dentro, que eu quero sim, guardar só para mim. Talvez, pelos motivos que eu admiro, valha à pena expor meu pensamento, mesmo com todas as inseguranças, afinal, eu até gosto de compartilhar minha vida, confesso que sou viciada em internet, curto muito facebook, twitter, blog, fotolog, tenho um monte desses e adoro me divertir com essa troca! Tudo dentro do meu controle, claro! – Falei que não daria mais predicados, mas esse não teve jeito, tive que colocar para jogo, sim sou controladora, mas já ciente disso, estou trabalhando na escala evolutiva – Mas, voltando ao papo da heroína famosa, digo isso, pois fico imaginando que parte da minha vida viraria escândalo, pois é, tive meus momentos de loucuras, e espero de verdade que esses não sejam castigados, se olharem a fundo verão que alguns foram momentos de imaturidade, besteiras saudáveis da juventude, e até mesmo loucuras e experiências pensadas e curtidas, mas que quase sempre colocavam somente a mim mesma em risco. Entretanto, fico pensando: quais pessoas que conheço, iriam vender ou mesmo produzir, histórias com suas versões da verdade?! Será que teria algum escândalo? – Eu ri, sou muito normalzinha, sabe?! – Eu até me arrependo de algumas coisas que fiz ao longo da vida, mas de verdade não me envergonho de nada. Já menti, mesmo mentira branca, já traí, mesmo que ao final de um relacionamento, já roubei, mesmo bala da loja americana... Nunca matei, iludi, ou trapaceei; sempre joguei limpo, apesar de jogar duro, marcação serrada. Na minha juventude fui atleta, na escola e no clube, já estava no ritmo da marcação. Mas independente dos erros cometidos, fiz as pazes comigo mesma, e vivo bem com algumas culpas que me corroem vez ou outra. Todo mundo se interessa tanto sobre a vida dos outros, e o que fazem ou deixam de fazer, é tão fácil julgar aquilo que desconhecemos, ou olhamos apenas através de um prisma, mas a realidade é que todos nós julgamos e somos julgados a todo o tempo, precisamos saber administrar isso com mais sabedoria, e não ficar com tanto medo do que os outros vão pensar. Respeite os limites de cada pessoa, especialmente os seus próprios. Que venham as críticas, apesar do pavor constante, elas nos fazem refletir e amadurecer, mesmo que a duras penas.
Mas agora, fala a verdade, quem não gosta de uma boa fofoca?! Todos nós queremos estar por dentro de tudo, isso se chama informação, e ter informação é ter poder... Mas acho que tudo está no sentido pejorativo de como os fatos são apresentados, uma coisa é você dizer o que aconteceu, contar uma história, outra, é dar sua opinião, precisamos sempre de fatos. Todos nós vamos errar minha gente, tenha a certeza de que nossos limites estarão sempre sendo testados. Mas, os fatos, e a entonação na hora de reproduzir algo, fazem toda a diferença. Já é clichê, mas funciona: – não é o que você diz, mas como você diz! –
Pois bem, comecei falando dos sonhos e me desvirtuei, desculpem sou dessas, viajo em um, dois assuntos e em alguns momentos até em três, mas sempre quero concluir um pensamento, por isso peço ajuda desde já, para lembrarmos juntos, enquanto a sequela nos permitir... Voltando... Fico pensando que a coisa que eu mais gostaria nesse momento da minha vida seria escrever um livro, eu sei, é pretensão minha achar que alguém se interessará por minhas palavras, será mesmo que tenho algo a acrescentar?! Mas se eu não acreditar nisso, como poderei fazer qualquer mudança que eu queira?! De qualquer maneira não é uma vontade passageira, é algo que vem martelando aqui dentro há tempos... Faço-me de rogada, finjo que não é comigo, afinal, eu não conseguiria, eu não seria capaz, mas ao mesmo tempo isso não sai da minha cabeça – quer saber?! O que eu tenho a perder? – Começo a viajar que seria muito fácil descobrir um daqueles segredos que guardo a sete chaves: minha retórica falha e displicente, por exemplo, a briga eterna com a gramática da língua portuguesa, mas ao mesmo tempo, eu penso: - Quem tem amigos, tem tudo, tenho tantas amigas professoras, tantas outras de retórica impecável, dar-lhes-ei essa incumbência de degustar minhas tecituras, mesmo que insanas, e estarei aberta ao fuzilamento literário, se assim optarem por fazê-lo, apesar se ter a certeza de que isso quebraria em pedaços meu pobre coraçãozinho vagabundo – Contudo, acho ainda mais difícil o ‘julgamento’, nesse caso, acho que cabe melhor a palavras crítica construtiva de um amigo chegado, a um desconhecido. Mas o que preciso mesmo é de uma idéia na cabeça e já iria dizer: – e um lápis na mão – Pois é, sou dessa época, mas como sou moderninha, será um computador na mão, quiçá em breve um Ipad! Sou meio geek nessas questões high tech, me amarro em ter as paradas do momento, que me permitem acesso rápido a informação. Essa empreitada, no entanto, mostraria facilmente o meu verdadeiro eu, nesse quesito (gramática), não tenho muita dificuldade na semântica, mas na sintaxe, sou alguém que definitivamente precisa ainda estudar muito e lembrar das regras, sem chutar, ou achar que está correto.(...)