Capítulo I – A introdução
Às vezes sonho acordada. Penso acerca das minhas aspirações, das minhas metas e objetivos, das coisas que me inspiram, que me motivam e as que me mantém focada. Estou sempre tentando evoluir, melhorar, amadurecer, e mesmo que muitas vezes tome decisões erradas, faça escolhas imprecisas, erre com alguém, seja injusta, ou mesmo que opine incorretamente; independente da situação. Estou sempre seguindo, tentando não esmorecer. Muita gente tenta mudar o rumo da vida depois de uma grande tragédia, da perda de um ente querido, de algum problema de saúde, ou até mesmo uma mudança inesperada. Da minha parte, quando fiz 30 anos, não tive a tal crise das mulheres de Balzac, mas a realidade é que comecei a refletir mais acerca da vida e o que eu realmente espero dela; não que ela, a vida, me deva algo, mas me coloco dessa forma, pois acho que em nossa jornada, sempre estamos na expectativa do que vem depois... Penso que viver a base de verdades absolutas é difícil demais, pois cada pessoa na sua vida tem um tipo de relação e algumas coisas você conta para umas pessoas, outra, contas para outras, e uma parte você guarda para si, pois é claro que todos nós temos um lado ‘obscuro’ ou íntimo, que guardamos só para nós, e esse, possui inúmeras facetas, em esferas diferentes. Eu sei que falar assim é muito abrangente, e como eu funciono muito bem através de exemplificações, vou aqui tentar sempre fazê-lo com experiências próprias, a fim de abrir o coração e deixar a vida fluir, sem medo dos julgamentos acerca do meu caráter e índole, confio nos meus alicerces sólidos, mesmo sabendo que já errei muito nessa vida e ainda cometê-los-ei futuramente. Quero deixar tudo claro, como água cristalina vinda da montanha, para que eu também possa assim, conseguir entender tudinho. O que me traz a mente uma música simples que sintetiza de forma carinhosa e brega, essa multiplicidade de facetas: Simplesmente Mulher da Silvia Machete.
O que eu gostaria mesmo é de mudar o mundo de alguma forma, acho que vida das pessoas já é bastante dura, para que eu chegue aqui e fique me lamuriando. Como poderia eu, com minhas ‘desventuras em série’(Excelente série de treze livros escrita por Lemony Snicket) mostrar que apesar de muitas vezes, a vida ser uma merda, e que nem sempre fazer o bem é o mais vantajoso, (claro que isso depende da sua perspectiva, o que é vantajoso para mim, é dormir com a consciência tranquila, generalizando, quando falamos nisso no Brasil, é levar vantagem de alguma forma, infelizmente, me envergonho em admitir, mas sonho um dia ser diferente!) ainda assim, vale à pena pensar no próximo como pensa para si. A coisa mais importante na minha vida, é estar ciosa dos que estão ao meu redor, sejam os que amo, ou não, digo isso em questão de respeito, de gentileza, e olha que isso pode até ser feito em momentos egoístas, afinal, temos direito a eles sim, mas sempre respeitando o limite do outro, e é claro, tem sempre gente abusada que merece ouvir umas verdades. Ainda sim, é possível viver com intensidade, ter personalidade, mas fazer as coisas ao seu jeito, essa sim é tarefa delicada, não imposta. E a maneira de como chegar a essas relações mais respeitosas não faz muita diferença, o que faz diferença é o bem maior. – Tudo bem, eu confesso, vivo numa utopia constante, mas apesar de às vezes alcançar as arredias nuvens, meus pés estão aqui fincados no chão, onde a labuta se faz necessária! – Sei que sou um tanto quanto ingênua, mas não penso em grandes feitos, a mudança pode ser o estímulo individual, o auxílio ao próximo, algum tipo de encaminhando para a direção do bem e do crescimento, da compreensão acerca da importância da caridade, do se doar... – Nossa, já está parecendo até doutrina e olha que nem sou uma pessoa muito religiosa e já me enveredei por esse tipo de discurso–.(...)