4.30.2010

Se beber não dirija!

A era dos adultos infantilizados


Se não conseguimos crescer, como será possível educar os filhos? Eliane Brum

"Na semana passada, um amigo me enviou um email com o anúncio de um personal organizer. Ele sugeria que eu contratasse um desses “profissionais” para arrumar a minha mesa. Era uma sacanagem, claro. Eu detenho o título de autora da mesa mais bagunçada da Época desde que entrei na equipe da revista, em janeiro de 2000. Nesse quesito, sou imbatível. Na minha mesa, é possível encontrar, convivendo ecumenicamente lado a lado (ou um em cima do outro), um saco de salgadinhos, uma imagem de São Francisco de Assis, uma lagosta de borracha e um dicionário de sinônimos. Isso em apenas um cantinho. Às vezes preciso escrever com os cotovelos grudados no corpo, porque não tenho outro lugar para apoiá-los. Embora venha cogitando ter uma mesa organizada há umas duas décadas, na minha bagunça pessoal eu acho tudo e não perco nada – ou quase nada. É o meu jeito.
Mas há algo bem interessante na brincadeira do meu amigo. A multiplicação de termos como personal e coach diz muito sobre a época em que vivemos. E sobre os adultos que nos tornamos.
O conceito de infância, como o conhecemos, se consolidou no Ocidente a partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que fossem desmamadas e conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. E, como tal, eram responsáveis pelas consequências de seus atos. A infância, como idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente novo.
Nem sempre as crianças significaram a promessa para o futuro tanto de uma família como de uma nação. A infância não é um conceito natural ou determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também ou principalmente uma invenção cultural, um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e sociais do mundo dos humanos, em permanente mudança e construção.
Me parece que hoje há algo novo nesse cenário. A partir do século XXI, vivemos a era dos adultos infantilizados. Uma espécie de infância permanente do indivíduo. Não é por acaso que os coaches proliferam. Coach, em inglês, significa treinador. Originalmente, treinador de times e de esportistas. Mas que foi ampliada para treinador de tudo, inclusive de como viver: os life coaches. Personal trainers têm função semelhante. Treinar alguém para se exercitar, comer, se vestir, namorar, conseguir amigos e emprego, lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e também organizar os armários e a mesa de trabalho, como na sugestão do meu amigo.
Nesses conceitos importados dos Estados Unidos, o país que transformou a infância numa bilionária indústria cultural e de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos no que se convencionou chamar de idade adulta, não sabemos lidar com nenhum aspecto da vida sozinhos. Coaches e personal trainers podem ser eufemismos para uma função muito parecida com a da babá. Crescemos, terminamos a escola, constituímos família ou não, vamos para o mercado de trabalho, mas precisamos de alguém que arrume nossa mesa e nossa casa, nos ensine a comer direito, nos diga como namorar e conseguir amigos, nos treine para impressionar o chefe e conquistar uma promoção. Nos ensine, em programas diários, semanais, mensais e anuais, como num planejamento das metas de uma empresa, a viver, como no caso dos life coaches.
Ao nos reduzirmos a adultos que precisam de babás por total incapacidade de lidar com qualquer aspecto da vida, do sentimental ao profissional, a que renunciamos? A muito. Mas o principal é que renunciamos à responsabilidade. A construção contemporânea de infância está fundamentada no conceito de que, tanto no estatuto social quanto no jurídico, crianças são seres com direito à proteção e à educação – mas sem responsabilidade pelos seus atos. Crescer, tornar-se adulto, é justamente passar a responsabilizar-se pelos seus atos. Mas, no caso das novas gerações de 20, 30, 40 anos, se isso ainda vale para o estatuto jurídico, parece perder força no estatuto social.
Os adultos desse início de milênio parecem prolongar a infância no sentido da não-responsabilização. São sinais, aqui e ali, de uma transformação na forma de ver a si mesmo – e de ser visto. É corriqueiro testemunhar, seja no bar ou na empresa, gente que fica muito surpresa porque seus atos motivaram uma reação indesejável, uma conseqüência pela qual precisam responder. Nesse momento, vemos adultos com cara de surpresa, olhos arregalados como os de uma criança. Parecem pensar: “Mas por que eu, que sou tão bacana, tão inteligente, tão cool?”. Quando podem, chamam os pais, os advogados.... os coaches para salvá-los. A expectativa, como um direito adquirido, é a de que sempre serão “perdoados”.
Da mesma maneira, encarnam a geração do “eu mereço”. Se não há responsabilidade pelos seus atos, também não há responsabilidade pelas suas conquistas. Está cada vez mais diluída a ideia de trabalhar por aquilo que se quer com a consciência de que custa tempo, esforço, dedicação. Escolhas e também perdas, frustrações. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. É uma espécie de visão contemporânea da ideia mística de destino, de predestinação. Ou apenas uma questão de usar a estratégia certa. E, para nos ensinar a traçá-la, buscamos um business coach.
O “eu mereço” vem a priori. “Eu mereço porque eu sou eu”. Ou: “Eu existo, logo mereço”. O fazer por merecer foi eliminado da equação. Quando essa crença, tão fundamentalista quanto os preceitos de algumas religiões, fracassa, aí é hora de buscar o happiness coach (treinador de felicidade), o dating coach (treinador de relacionamentos amorosos), o health coach (treinador de saúde), o conflict coach (treinador de conflitos matrimoniais e profissionais), o diet coach (treinador de alimentação saudável). O life coach. É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí – e as que estão vindo – parecem não perceber que a vida é dura e dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi possível alcançar.
Muito se tem falado e escrito sobre a falta de limites das crianças de hoje. E aqui o “de hoje” faz realmente sentido. A partir da constatação de que as crianças não param quietas um minuto, em lugar nenhum, a psiquiatria criou síndromes no mínimo curiosas. A indústria dos medicamentos estimulou a disseminação de drogas no mínimo questionáveis. Foram tecidas teses de todo o tipo, algumas delas bem estapafúrdias. Ou no mínimo curiosas.
Afinal, os professores choram em sala de aula pela prepotência dos alunos. E ninguém mais aguenta crianças berrando nos restaurantes, falando nos cinemas, atropelando nos corredores. Eu, que sou bem pouco tolerante não só com crianças mal-educadas, mas com gente mal-educada, em geral reclamo. Os pequenos e rosados pimpolhos costumam me olhar com os olhos estalados: “Mas eu sou tão fofo! Por que você não gosta de mim?”. E as mães, indignadas por eu não me render ao encanto de seus rebentos, também me olham ofendidas: “Mas ele é tão fofo! Todo mundo gosta dele. Você deve ter algum problema!”. E lá vem a ofensa predileta para atingir uma mulher: “Sua mal-amada!”.
Para além das boas hipóteses das muitas teses e debates sobre o fenômeno da infância insuportável, me parece que vale a pena pensar sobre quem são os pais dessas crianças. Se os pais são adultos infantilizados, que não conseguem se responsabilizar pelas suas vidas – e muitos nem acham que precisam... –, como esperar que suas crianças se responsabilizem? Como esperar que os pais sejam pais se continuam sendo filhos?
Esses pais continuam sendo filhos ao não responsabilizarem-se pelas suas vidas. Ao permitir que seus filhos façam o que bem entendem, não só dentro de casa, mas no espaço público, estão escolhendo o que dá menos trabalho. Sim, porque educar, botar limites, se importar, dá muito trabalho. E exige tempo, gasto de energia, esforço. Amor. O mais fácil é deixar para lá. Ou bater a porta da rua e deixar que a babá – a de seus filhos – se vire. Mas há algo mais.
Me parece que a permissividade com os filhos é uma permissividade consigo mesmo. Se os filhos encarnam o ideal dos pais, se neles estão colocados os desejos e as melhores esperanças dos pais, não seria de esperar que o ideal de pais infantilizados seja o de que os filhos possam tudo? Bem ou mal, ainda que andem pelo mundo como se não tivessem responsabilidade nem por si mesmos nem pelos destinos do planeta, em alguma medida esses adultos precisam lidar com as consequências de seus atos – ou não-atos.
É de se esperar que, para os filhos, desejem, consciente ou inconscientemente, que possam fazer tudo sem nenhuma espécie de retaliação. Aos filhos, tudo deve ser permitido. Algo como: “se para mim não está sendo assim, que pelo menos seja para os meus filhos”. Um ideal tão óbvio como é o desejo que os filhos se formem na universidade para os pais que não puderam estudar ou que o filho tenha casa própria para os pais que viveram a vida inteira de aluguel.
Desde que a infância se tornou um depositário do futuro, os pais desejam que os filhos realizem aquilo que não puderam realizar. Não seria lógico que os pais que se tornaram adultos sem se responsabilizar pela vida – sem sair da infância, portanto – desejem que os filhos possam fazer tudo? Nesse sentido, é ainda mais grave do que parece: ao permitir tudo, esses pais estão fazendo o melhor que podem para o cumprimento de suas mais caras esperanças.

Há muito para pensar. E, por enquanto – ufa! – ainda não inventaram um think coach."

Eliane Brum

Reunião dos famosos!

Então se acha, mais sabido do que o Bido?! Quero ver quem sabe um monte aí?
Boa sorte!
Bjin=)

p.s. É só clicar na foto, que você vê em tamanho maior!

Nunca cante vitória antes do tempo

4.29.2010

Utilidade Pública - Multa de trânsito


No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.

Código de Trânsito Brasileiro
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.

4.28.2010

A Brincadeirinha


Então, a primeira brincadeira é a seguinte: a gente vai produzir um texto. Falar de um tema polêmico, descer o barraco ou quem sabe criar um conto de fadas. Independente da definição, temos que ter sempre atitude otimista, tentando trazer vibrações positivas - mesmo quando seu humor não estiver dos melhores. Acrescentando coisas de cultura, valores ou até mesmo engraçadas. Sem baixarias, por favor, senão a gente veta logo! Pensar em um monte de gente em prol de uma causa. Mesmo que a principio seja um texto, me motiva, pois quem sabe depois a gente não se junta pra angariar fundos para uma instituição ou algo para ajudar o próximo. Eu sempre quero fazer esse tipo de coisa, mas fico com medo de gastarem meu dinheiro e não darem a quem realmente precisa. Então, faço minha parte do jeito que posso! Mas depois conto em outro post aqui no blog! Tô aqui para falar da brincadeira. Não quero que fique longo, senão fica chato!

Quanto mais participantes melhor. Fica mais divertido! Escolho o tema (quem tiver idéias pode iniciar seu próprio texto e depois publicar para lermos), depois escolho um seguidor para mandar uma mensagem direta. Escrevo para ele(a) uma frase pra iniciar o conto, lembrando de colocar dia, hora e o número da mensagem, pois teremos exatamente 24 horas para terminar e ter produzido um texto. Logo, se eu iniciei uma história às 23:58 do dia 27/04/2010, aquele texto terminaria extamente 24 horas depois - adoro essa próximidade que dá quando alguns de vocês pensaram no que estavam fazendo nesse dia, nessa hora, ou não, né?! Enfim. Se você abrir seu twitter às 22:00 do dia 28/04/2010, tem que tratar de começar a finalizar o conto, mas não fechando completamente, pois ainda tem tempo, para alguém dar um final completo! Só termina quando acaba, não é mesmo?!

Ao reler o texto, fui vendo que a explicação estava grande. Mas na prática é tranquilo, pois não tem que escrever tudo! Vou dar um exemplo de como seria a mensagem. O cabeçalho (me senti na escola) vai ser assim: (@leonapacheco @sguenis #contodefadasPimentinhavozderouxinol 1.23:58 27ABR2010 ). Tem que mudar o nome da pessoa para quem você mandar. Nesse caso, @sguenis, mudar o número logo depois do nome da história. Nesse caso, 1. Ordem crescente, lógico, né galera?! Além da hora e data que você está escrevendo e mudar a frase para a sua colaboração na história. Não pode esquecer de nada, pessoal. O nome da frente será da pessoa que inciar a história. Todas as mensagens devem ser enviadas para essa pessoa, para que possa ser publicado. No meu caso, no blog.

Aqui explico para quem quer entender detalhadamente, mas, se você é esperto pra caramba, não precisa de explicações tim tim por tim tim (quanto tempo que eu não isso ouço isso. Tô ficando velha!) Enfim, vamos ao manual :

@leonapacheco (separados) @sguenis (separado) #(para criarmos um tópico) contodefadas (tema) Pimentinhavoz de rouxinol(título) (todas as letras depois do # tem que ser juntinhas, mas é só copiar e colar de quem te mandou). (aqui, dê espaço) 1(ordem na história), 23:58(hora)ABR272010(Data) (aqui começa a sua parte no conto) Era uma vez uma menina ruivinha, ela morava no casebre mais... Não é muita coisa mesmo, por isso temos que conseguir mais amigos para brincar! Seu objetivo é convencer uma outra pessoa a participar e a vir ler as regras do jogo. Aí vai entender o que queremos fazer. Começaremos modestos, mas logo traremos mais adeptos. Mas alto lá! Tem que ter sorte e ser honesto. Se você enviar para uma pessoa que não estiver online, ela vai demorar a te responder, aí nosso conto pode não ter final, e perde a graça. Só quem você sabe que é twiteiro dá para chamar. Mas tente chamar pessoas diferentes! Tem que ser honesto para não escrever no mesmo tema duas vezes. Se uma pessoa mandou de novo para você, responda dizendo: ESCOLHA OUTRA PESSOA EU JÁ FUI (onde você deveria escrever seu texto).

Não prometo iniciar um tema todo dia, pois para publicar ficaria difícil. E tem que estar sempre disponível para twitar. Mas espero realmente trocar, aprender, ensinar... qualquer coisa voltada para o bem, que possamos passar adiante! Algumas histórias podem ficar sem pé nem cabeça, mas, pretensão minha ou não, acredito que todo mundo tem algo legal, engraçado ou solidário para acrescentar!

A publicação ainda tô bolando, para que saibamos todas as pessoas que participaram daquela história. Aceito sugestões, mas já tô pensando em algo. Vou colocar em outro post os exemplos. Se quiserem votar, beleza! Acredito em democracia!

Será que vai dar certo?! Bom, é uma tentativa, mas sou de fé! Fiquem com Deus!

Bjin=)

4.23.2010

O Clã I - Mamãe


Ainda não sei se é exatamente o que quero escrever, bem, é claro que é o quero escrever, mas sabe aquela sensação de que você precisa estar super inspirada para escrever, ainda mais sobre tema tão único e especial?! Então... quando chegar esse momento de inspiração retomo, mas por hora, deu sim para fazer uma singela homenagem a minha progenitora e amiga!
Há algum tempo atrás (Out/09) fiz uma introdução da saga do meu clã, demorou um pouco para chegar o primeiro capítulo, mas chegou! Vou falar da mamãe, figura importantíssima na minha história, por motivos óbvios e outros nem tão óbvios assim, que vou relatar tentando sempre me ater às histórias mais factuais do que sentimentos, até por que, são tantas emoções que a retórica não comporta.
Tem tanta coisa a ser dita... Nossa, nem sei por onde começar... Bom, vamos lá!

Mamy, como a chamo a maior parte do tempo, mas às vezes a chamo de Madresita, ou Mamãe mesmo, a não ser quando grito para chamá-la, aí, é um contundente Manhêeeeeeeeeeeeeeeeee, e ainda por cima quando falo assim, às vezes canto ... “0 Tonico me bate-eu, levou meu saco de pipoca...”Sim, sou desse tempo! Voltando.... Mamy sempre foi uma mulher muito batalhadora, trabalha muito e trabalhava ainda mais quando eu e meus irmãos éramos crianças (é por que, pequeno a gente nunca foi). Ela sempre trabalhou no ramo da aviação, o que nos proporcionou muitas viagens maravilhosas e um enriquecimento cultural inigualável durante nossa infância e adolescência.
Quando criança, nós a chamávamos de “GENERALA”, ela sempre teve aquele estilo mandona, mas sempre demonstrou seu carinho e o quanto se preocupava conosco. Nunca foi muito chegada a mimos e melação, mas seu jeito único de escrever “Amor Mamãe” ao final de cada carta ou cartão-postal sempre foi singularmente especial.
Sempre tivemos uma ótima relação mãe-filha, mais ou menos no meio da minha adolescência agregamos um outro tipo de relação, nos tornamos amigas. Nossa amizade já tinha alicerce sólido e ao longo dos anos foi se solidificando. Resolvemos entrar na faculdade juntas e nos demos força, apoio, motivação e até uma colinha, ao longo de todo período. É ainda mais emocionante receber o canudo ao lado da sua genitora (haja coração!).
Hoje, somos grandes amigas, dispostas sempre a ajudar a outra em qualquer esfera que se faça necessária.
Admiro minha mãe, não só pela noite inspirada em que fui concebida, mas por ela ser uma grande mulher, disposta sempre a auxiliar o próximo, em sua busca incessante de se tornar uma pessoa cada vez mais iluminada.
Atualmente ela almeja se candidatar a deputada(ops, não pode fazer propaganda ainda, se não toma multa. - Sim, ela é certinha! Que orgulho!), e modéstia a parte, acho minha mãe uma mulher mega competente, esforçada, integra, honesta e muito sincera (as vezes até demais!rs). Meu voto ela já ganhou! - Tudo bem, sou suspeita a falar, sou adepta a 'corujisses', mas justa. Elogios e críticas quando se fazem necessários-
Espero apenas um dia poder oferecer-lhe facilidades as quais ela abriu mão para que eu hoje fosse a pessoa feliz e realizada que sou! Te amo mãe!

El Culebrón


4.17.2010

Momento


Na corda bamba,
Medo de soltar a mão,
Não sei se canto samba,
Ou se faço bolinha de sabão.
A dúvida paira no ar,
Mesmo o cenário bonito
Não dá vontade de andar
To mesmo criando um mito?

4.15.2010

Eu quero sempre mais que ontem...

Não há uma palavra que seja primeira ou a última, e não há limites para o contexto do discurso que se perde no passado, no presente ou até mesmo no futuro. Em cada um dos pontos do diálogo, existe uma multiplicidade ilimitada de sentidos, muitas vezes até esquecidos, ou quem sabe reconhecidos, porém, em um determinado ponto, no desdobramento da troca, ao sabor de sua evolução, eles serão rememorados e renascerão numa forma renovada, talvez em um novo contexto, quem sabe, né?! Não há nada morto de maneira plena ou absoluta. Todo sentido festejará um dia seu renascimento, seja lá como for, o importante é que existe.
Mesmo que de relance um dia fui a mulher descrita abaixo:


"O que eu conheço e reconheço em você é um resumo de quase tudo que eu sempre busquei nas mulheres que tive. Não que eu tenha uma expectativa única ou disponha de um modelo de esposa perfeita. Mas é claro que buscamos alguém por afinidade. Buscamos uma parceria que nos traga mais do que companhia garantida para os fins de semana. Eu quero alguém com quem possa trocar conhecimento, experiências. Alguém que saiba me ouvir e não se altere antes mesmo que eu consiga concluir minhas indagações. Uma pessoa sensata quando é preciso ser e impulsiva quando não puder ser diferente (mediada sempre por alguma fagulha de bom senso). Uma mulher interessada, esforçada, lutadora. Com consciência dos defeitos e de que sempre há tempo para mudar. Com consciência também das qualidades, para que não se subjugue ou se submeta a nada nem ninguém injustificadamente. Uma mulher que não guarde rancores, que não agrida para sentir-se vingada, mas que esteja disposta a conversar sempre que houver qualquer pendência e isso se resolva ali. Alguém que me desperte desejo e me deixe fraco só em fantasiar com ela. Uma mulher sensível e forte. Enfim! Muitas dessas características eu vejo em você, sabe? Sei que não poderia supor ainda se você é o tipo de mulher que eu descrevi, mas só o que eu já tive oportunidade de constatar já é maravilhoso. Você sempre sabe o que eu quero e preciso ouvir. Ontem à noite eu irresponsavelmente abri a carta que me enviou e comecei a ler. Foi incrível ler exatamente tudo que eu queria. Eu não acreditei! Li apenas o início e preferi parar porque tive receio do que estava sentindo. É inacreditável o que você faz comigo. Eu penso em você o tempo todo. Tenho dormido pouco porque só preciso abrir os olhos de manhã para começar a pensar em você e não conseguir mais fechar. Você está me dando olheiras! rs. Mas é uma delícia quando consigo explorar a fertilidade da minha imaginação, embora já não seja mais uma criança e tenha alguma dificuldade para isso, e chegar até você. Eu imagino o seu rosto, seus olhos, sua boca. Fico enfeitiçado. Fico fraco mesmo, a ponto de sentir minha cabeça inclinar. Minha respiração fica mais forte, eu suspiro . Complicado em demasia! Mas acho que já elaborei bastante "isso", né? Tenho medo de te ver e do que vou sentir. Hoje sonhei com você. Nem nos falamos, mas você estava lá. Eu precisei disfarçar, porque não estava sozinha. mas foi gostoso só por poder vê-la de relance, sabendo que o contexto era que estava lá por mim."

4.14.2010

Soseki Natsume


"A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo."

4.12.2010

Caras & Caretas


De verdade, tem coisa melhor do que se divertir ?!

4.07.2010

Egocentrismo


É estranho, mas me acho egocêntrica. Não egoísta, mas egocêntrica, no sentido de que tudo gira ao meu redor mesmo, de acordo com a minha perspectiva de ver a vida.
Bom, deixa eu ver se consigo me explicar melhor... quando ouço uma música por exemplo, sei que ela não foi feita para mim, mas de alguma forma aquele sentimento transcrito pelo compositor, me remete algum momento, ou alguma pessoa que cruzou meu caminho, e aí toda vez que aquela música toca, passa um filminho da minha história real ou fantasiosa na cabeça. Ficou claro?! Ainda não, né? Calma aí que vou pegar uma maça... Tenho fome!(gosto de criar um clima intimista... rs)

Vamos lá. Quando estou lendo uma revista, e leio uma materia de econômia, por exemplo, vejo de uma maneira geral, mas penso em como aquilo afeta minha vida. Não que eu também não me incomode de não me afetar diretamente, me incomodo e muito, mas confesso não ser esse meu primeiro sentimento.

Vou pensar em analogias para tentar me explicar melhor. Vou enumerando-as, só to querendo colocar pra fora.... Sem nenhum propósito específico. Compartilhar algumas angústias....

Quando acontecem tragédias como as dos últimos dias no Rio, minha cidade maravilhosa, que eu amo de paixão, apesar de eu ,e os meus estarmos em casa são e salvos, penso que de alguma forma eu poderia ajudar os que necessitam. Quanta tragédia, quanta dor, quanta perda, e eu aqui deitadinha. É preciso agir. É preciso se movimentar, fazer a diferença....

Quando leio um texto e me identifico com ele, trago aqueles elementos para minha realidade, é claro, os que de alguma forma estão relacionados a mim, os outros acabam virando obra de ficção, e os leio por prazer e por conseguir viajar na história de outros, dando asas a imaginação e dando vida aqueles personagens dentro da minha cabeça.
Não é curioso se ver na fala do outro?! Mesmo que algo nada tenha haver com você, mas ao longo daquele discurso, você toma como real. Seus pensamentos vagam por aquelas palavras e você cria a sua própria historinha acerca daquele conteúdo, isso não acontece com você?!

Será que eu viajo demais? To ficando mais maluca?

Ai ai... Quero me doar mais....