
Que saudade da minha irmã... Já faz algum tempo minha irmã partiu, não, não foi dessa vida, foi pra uma terra distante, falando disso agora, acabei por pensar em uma outra vertente do que quero escrever, pretendia contar uma história de quando eramos mais jovens e dividiamos o mesmo quarto, mas prefero seguir uma outra linha, e vou falar um pouco de saudade, se o texto não ficar muito grande eu conto também um outro conto, mas prometo, sem aumentar nenhum ponto, só relato a minha verdade, de forma real e crua.
Saudade de gente que já se foi dessa vida, não é muito diferente da saudade de quem ainda está nesse plano. Tudo bem, é reconfortante ter essa possibilidade, pois estando apenas longe dos olhos, em terra longínquas(tipo far far away land), é provável que se as condições forem propícias, vocês estejam juntos novamente, mas quem disse que não estarás novamente com aqueles que repentinamente nos deixaram?! Bom, acho que se eu seguir essa linha de pensamento, o texto fica com tom religioso, e sempre dizem pra gente não discutir religião, né?! O que eu quero dizer pessoal é o seguinte, estar longe é uma parada foda (desculpe o linguajar, mas realmente não tem palavra melhor pra descrever), ainda mais das pessoas que você ama incondicionalmente, é difícil demais, ainda por cima se for a um oceano de distância, o que impossibilita uma visitinha rápida, daquelas de médico, mesmo para uma exímia nadadora como eu. A sorte é que a modernidade é uma parada contraditória, ao mesmo tempo que afasta, aproxima as pessoas, telefone, msn, câmera, e-mail, facilita a comunicação, mas não extermina a saudade. Moral da história, nas minhas próximas férias acho que vou esquiar, sim, to querendo ficar chique, mas pra que a gente trabalha, né gente?! Vamos construir, somar, ser mais culto, opinar sempre, saber do que a gente está falando, se não souber, pergunta, se interessa. Enfim, acabei saindo do tema, acho que a banca vai zerar meu discurso, mas sinceramente, vai fundo, claro que me importo, queria sem dúvida o 10, quero dar o melhor sempre, mas as vezes vou sim, dar uma vacilada, errar, não admitir, precisar tomar na cabeça pra aprender, mas conseguir em algum momento reconhecer, que posso ser melhor do que aquilo e ir em busca, então pra tentar me redimir, vou voltar ao tema, to morrendo de saudades da minha irmã e se ela não vier visitar, vou até lá vê-la!
E como dá tempo pra falar da narrativa, vou ser rapidinha. Eu e minha irmã dividimos quarto por uns 15 anos da nossa vida, eu sou 8 anos mais velha que ela, então quando comecei minha fase de night, mais ou menos aos 20 anos, sim, eu comecei tarde, lembrem-se que eu fiz intercâmbio, e antes eu namorava, e o ‘esquema era escola, cinema, clube e televisão’. Não demorei muito e tomava uns birinights a mais, coisa de jovem inconsequente , que acha que pode tudo, mas felizmente fui ungida e meu anjo da guarda sempre esteve ao meu lado, mas confesso dei uns moles, mas enfim, voltando ao tema novamente(mesmo que outro). Eu chegava muitas vezes em casa calibrada e tinha, por que tinha, que contar a night inteira para minha irmã, não importava a hora que fosse, eu ia lá, pulava em cima dela, com aquele bafo de cana, e ela tinha que me dar toda atenção do mundo, e ainda por cima, comentar, perguntar, e depois de uns 15 minutos, aí sim, eu deixava ela tentar voltar a dormir, por muitas vezes ela emitia apenas um grunhido, mas realmente fui uma mocinha travessa, e saia não só nos finais de semana, eu relevava quando ela tinha aula, mas enfim, quis contar essa história por que bebum é sempre chato, não tem jeito, é sem limites, e minha irmã aguentou firmemente, ser acordada durante alguns anos, mas afinal de contas eu nunca vi alguém fazer amigos bebendo leite! TIM TIM ....