9.30.2009

Dentista

Dentista é o profissional da saúde capacitado na área de odontologia, podendo ser chamado de médico estomatologista. A atividade pode ser executada em consultório próprio ou em âmbito público. Visitas ao dentista consistem, na maioria das vezes, em revisão da integridade e higiene dos dentes, incluindo limpeza e profilaxia. Devem ser repetidas a cada seis meses, com o objetivo de manter os dentes em um estado adequado e evitar que se desenvolvam problemas bucais.

Gente, de verdade, quem gosta de ir ao dentista?! Realmente, se faz necessário, não tem como fugir, pois afinal de contas, sorriso é um dos traços mais marcantes de nossa face. Bom, pelo menos na minha opinião, sorriso e olhar são incomparáveis... mas , enfim, voltando ao assunto... Normalmente, acabamos por ir ao dentista, quando algo nos incomoda, ou sentimos aquela dorzinha, então vim defender os profissionais da área e o sorriso bonito da galera! Abaixo aos banguelas! Contudo, pra ser muito sincera, eu fujo muito do dentista, ou melhor da dentista, mas tenho que fazer uma propaganda, Dra. Claúdia Moreira, quem tem medo, vai lá! Ela é super carinhosa, cuidadosa, e vai conversando... sozinha claro, por que, com a bocarra aberta, não posso falar, eu até tento e as vezes emito uns grunhidos, nem sei como ela entende... rs! Mas resolvi o incômodo em dois tempos e já marcando nova consulta pra ficar com sorisso de artista! Então pessoal, ta aí o apelo: - Vamos cuidar dos dentes, para não ficar assim ó

9.27.2009

Show!


Nunca fui muito chegada a Isabela Taviani, mas acabei ganhando um convite, da minha amiga Duda(valeu Dudinha!) para assitir o show dela. Que bom, que sempre me permiti experimentar coisas novas, pois bem, minha visão mudou completamente, achei o show divertido, as músicas são todas muito calminhas para o meu gosto, mas achei ótimo, simples e ela tem um astral bem maneiro! Quem tiver a oportunidade assista. Tem sempre uma galera sem noção né?! Gritando, mas foi até engraçado...

9.25.2009

Stand by me

"Essa música diz: Não importa quem você seja, não importa onde você vá na sua vida. Há de chegar o momento que você precisará de alguém para estar ao seu lado."

9.23.2009

Reconhecimento


v t reconhecer [ʀəkuɲə'ser]

1 identificar algo ou alguém que se conhece
2 admitir, confessar
3 perfilhar, aceitar
4 explorar um local
5 Examinar, observar


Reconhecimento é um sentimento tão bom... Ser reconhecido por algo que você tenha feito, reconhecer um amigo de infância, reconhecer quando se está errado e tentar se redimir, reconhecer um cheiro que nos traga a memória algo bom, reconhecer um lugar onde já esteve outrora, tem também o ‘de já vú’ que é um tipo de reconhecimento, enfim, são muitas maneiras de se reconhecer algo, mas todas me remetem a coisas boas. Contudo, queria falar sobre um reconhecimento específico, o reconhecimento de almas, pois acredito que esse se dá em vários níveis, até mesmo de amizade, mas onde este ocorre na sua forma mais pura é no amor, no amor romântico, pois acredito que há alguém especial para cada um de nós, não, não estou falando de almas gêmeas, pois de verdade não acredito nisso, apesar de ser uma romântica de carteirinha.
Creio que ao longo da nossa vida, nos deparamos com algumas pessoas com quem temos esse tipo de reconhecimento, no entanto, algumas coisas acabam por não dar certo, por conta de outros motivos, tais quais: 'timing', maturidade, distância, entre outras coisas.
Tenha a certeza de que mesmo sendo muito diferente, seu coração saberá reconhecer essa pessoa, e mesmo que finalmente tenham se encontrado de novo, esta pessoa pode não (re)conhecê-la. Você consegue sentir o laço de união, consegue ver o potencial, o futuro, mas a outra pessoa não. Os seus medos, o seu intelecto, os problemas, dentre outras coisas, mantêm um véu sobre os olhos do coração. Essa pessoa não a deixa ajudá-la a remover esse véu. Você lamenta-se e sofre, e ela segue o seu caminho. O destino pode ser tão volúvel.
Quando ambos se reconhecem, nenhum vulcão poderia entrar em erupção com mais paixão. A energia libertada é tremenda. O reconhecimento das almas pode ser imediato. Um sentimento súbito de familiaridade, a sensação de conhecer esta nova pessoa a uma profundidade muito além daquela que a consciência poderia conhecer. A uma profundidade geralmente reservada aos familiares mais íntimos. Ou ainda mais do que isso. Saber intuitivamente o que dizer, como vão reagir, seus trejeitos e peculiaridades. Um sentimento de segurança e confiança muito maior que aquele que alguma vez poderia ser conquistado num dia, numa semana, num mês, reconhecimento que só a convivência proporcionaria. O reconhecimento de almas pode também ser lento e sutil. Uma alvorada gradual à medida que o véu é gentilmente removido. Nem todos estão preparados para o reconhecimento imediato.
Podemos despertar para o reconhecimento através de um olhar, um sonho, uma memória, um gesto, um discurso ou até mesmo um sentimento. Pode despertar pelo toque das suas mãos ou dos seus lábios, e a sua alma é reanimada de volta à vida plena.
Afortunados aqueles que a sintonia permite desfrutar dessa troca, desse prazer, no entanto, nem sempre casaremos com a alma a que sentirmos estar mais fortemente ligados. Pode existir mais do que uma para nós, pois as famílias de almas viajam juntas. Podemos decidir casar com uma alma companheira à qual estamos menos ligados, uma que tenha algo específico para nos ensinar ou para aprender conosco.
O reconhecimento de almas pode acontecer mais tarde, depois de ambos estarem comprometidos com as famílias da vida atual. E mesmo reconhecendo a paixão, a química, os laços íntimos e sutis que implicam ligações ao longo de muitas vidas entre os dois. É possível iniciar uma relação, mesmo que de amizade, possa ser prejudicial. É uma questão de desenvolvimento de almas, de acomodação a nova realidade apresentada, mesmo que isso pareça quase impossível, pois os impulsos, o ímpeto, só sugere um tipo de relação, mas convenhamos que após esse reconhecimento, como deixar essa pessoa simplesmente sair da sua vida por completo?! Adapte-se e mantenha na sua vida quem você deseja a qualquer custo, mesmo que o tipo de relação tenha que ser diferente, do que seu coração almeja.
É ilusório acreditar que esse reconhecimento da alma, essa atração, sejam facilmente encontrados de novo com outro alguém, cada sentimento é único e intransferível. Não se tropeça nesse tipo de pessoa todos os dias, talvez só mais uma ou duas vezes em uma vida. Tais encontros são coisa do destino. Ocorrerão. Depois do encontro, reina o livre arbítrio de ambas as partes. Que decisões são ou não tomadas é uma questão de escolha. Os mais adormecidos tomarão decisões baseados na mente e em todos os seus medos e preconceitos. Infelizmente, isto muitas vezes resulta em corações partidos. Quanto mais desperto estiver o indivíduo, maior a probabilidade de uma decisão ser baseada no amor. O nirvana, o êxtase, a plenitude, a felicidade, tudo está ao nosso alcance, basta termos a motivação, a iniciativa, o ímpeto, para irmos em busca do que realmente queremos, e do realmente nos completa.
Quem você deixará vencer? A razão, ou a emoção?

9.18.2009

Vem andar comigo


"Basta olhar no fundo dos meus olhos
Pra ver que já não sou como era antes
Tudo que eu preciso é de uma chance
De alguns instantes
Sinceramente ainda acredito
Em um destino forte e implacável
Em tudo que nós temos pra viver
É muito mais do que sonhamos
Será que é difícil entender?
Porque eu ainda insisto em nós
Será que é difícil entender?
Vem andar comigo
Vem, vem meu amor
As flores estão no caminho
Vem meu amor
Vem andar comigo
Vem andar
As flores estão no caminho
Vem amor
Vem andar comigo"



Jota Quest

9.17.2009

Alma do Mundo

"Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida. Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na bênção de Deus que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.
Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.

Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior. A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe. Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera; a inferior, julga;
A superior, alivia; a inferior, culpa;
A superior, perdoa; a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!"

Chico Xavier

9.14.2009

Hillbillies


"Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar. Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar..."
Milton Nascimento
"Você meu amigo de fé meu irmão camarada, amigo de tantos caminhos de tantas jornadas..."
Roberto e Erasmo Carlos
"We are family, I've got all my sisters with me. We are family, get up everybody and sing..."
EyeQ
"Brother and sister together we'll make it through. Someday a spirit will take you and guide you there"
Rozalla

9.13.2009

Sis

Foto num dia normal em casa, resolvemos apenas colocar apetrechos, nos maquiar, tirar fotos, fazer vídeos, rir e nos divertir com tão pouco, oh coisa boa!!!

Que saudade da minha irmã... Já faz algum tempo minha irmã partiu, não, não foi dessa vida, foi pra uma terra distante, falando disso agora, acabei por pensar em uma outra vertente do que quero escrever, pretendia contar uma história de quando eramos mais jovens e dividiamos o mesmo quarto, mas prefero seguir uma outra linha, e vou falar um pouco de saudade, se o texto não ficar muito grande eu conto também um outro conto, mas prometo, sem aumentar nenhum ponto, só relato a minha verdade, de forma real e crua.

Saudade de gente que já se foi dessa vida, não é muito diferente da saudade de quem ainda está nesse plano. Tudo bem, é reconfortante ter essa possibilidade, pois estando apenas longe dos olhos, em terra longínquas(tipo far far away land), é provável que se as condições forem propícias, vocês estejam juntos novamente, mas quem disse que não estarás novamente com aqueles que repentinamente nos deixaram?! Bom, acho que se eu seguir essa linha de pensamento, o texto fica com tom religioso, e sempre dizem pra gente não discutir religião, né?! O que eu quero dizer pessoal é o seguinte, estar longe é uma parada foda (desculpe o linguajar, mas realmente não tem palavra melhor pra descrever), ainda mais das pessoas que você ama incondicionalmente, é difícil demais, ainda por cima se for a um oceano de distância, o que impossibilita uma visitinha rápida, daquelas de médico, mesmo para uma exímia nadadora como eu. A sorte é que a modernidade é uma parada contraditória, ao mesmo tempo que afasta, aproxima as pessoas, telefone, msn, câmera, e-mail, facilita a comunicação, mas não extermina a saudade. Moral da história, nas minhas próximas férias acho que vou esquiar, sim, to querendo ficar chique, mas pra que a gente trabalha, né gente?! Vamos construir, somar, ser mais culto, opinar sempre, saber do que a gente está falando, se não souber, pergunta, se interessa. Enfim, acabei saindo do tema, acho que a banca vai zerar meu discurso, mas sinceramente, vai fundo, claro que me importo, queria sem dúvida o 10, quero dar o melhor sempre, mas as vezes vou sim, dar uma vacilada, errar, não admitir, precisar tomar na cabeça pra aprender, mas conseguir em algum momento reconhecer, que posso ser melhor do que aquilo e ir em busca, então pra tentar me redimir, vou voltar ao tema, to morrendo de saudades da minha irmã e se ela não vier visitar, vou até lá vê-la!
E como dá tempo pra falar da narrativa, vou ser rapidinha. Eu e minha irmã dividimos quarto por uns 15 anos da nossa vida, eu sou 8 anos mais velha que ela, então quando comecei minha fase de night, mais ou menos aos 20 anos, sim, eu comecei tarde, lembrem-se que eu fiz intercâmbio, e antes eu namorava, e o ‘esquema era escola, cinema, clube e televisão’. Não demorei muito e tomava uns birinights a mais, coisa de jovem inconsequente , que acha que pode tudo, mas felizmente fui ungida e meu anjo da guarda sempre esteve ao meu lado, mas confesso dei uns moles, mas enfim, voltando ao tema novamente(mesmo que outro). Eu chegava muitas vezes em casa calibrada e tinha, por que tinha, que contar a night inteira para minha irmã, não importava a hora que fosse, eu ia lá, pulava em cima dela, com aquele bafo de cana, e ela tinha que me dar toda atenção do mundo, e ainda por cima, comentar, perguntar, e depois de uns 15 minutos, aí sim, eu deixava ela tentar voltar a dormir, por muitas vezes ela emitia apenas um grunhido, mas realmente fui uma mocinha travessa, e saia não só nos finais de semana, eu relevava quando ela tinha aula, mas enfim, quis contar essa história por que bebum é sempre chato, não tem jeito, é sem limites, e minha irmã aguentou firmemente, ser acordada durante alguns anos, mas afinal de contas eu nunca vi alguém fazer amigos bebendo leite! TIM TIM ....

9.11.2009

Quintana


Não Quero...



"Não quero alguém que morra de amor por mim. Só preciso de alguém que viva feliz por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível. Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre, e que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que, apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho. Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele, e que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo. Não quero brigar com o mundo, mas, se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe. Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia e, se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas... Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim". Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e as pessoas, que a vida é bela, sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!"
Mario Quintana

9.10.2009

Outro Olhar


Quando eu era criança sempre me encantou ver embarcações desaparecerem na linha do horizonte, até onde meus olhos podiam enxergar. Pra ser sincera, até hoje me encanta, mas já não mais o faço. Acreditava que elas sumiam para sempre, via como criança, com beleza e imaginação e pensava que ali era o fim...E ficava lá, à deriva do mundo, olhando o diminuir dos barcos.O tempo passou, eu cresci e entendi que o diminuir não era de verdade, que no ponto onde eles sumiam, não sumiam de fato e tudo que eu via era pelo olhar bonito e puro de quem ainda não aprendera sobre certos limites. O tempo passou, eu cresci e descobri que eles, os barcos, diminuem para nossos olhos há medida em que crescem para outros olhos; que somem para nós, para surgir para alguém que, em algum lugar, divide conosco o ato mágico de velar o mar. Tudo isso veio à memória, porque estava lendo Clarice Lispector, ou melhor, lendo sobre Clarice, e ela fala no ciclo da vida-morte-vida, que morremos e nascemos muitas vezes, às vezes num mesmo dia, numa mesma semana, num mesmo mês, na mesma vida. Fala que morte não é prenúncio do fim, mas de um início, e mais, diz que é nossa a tarefa de matar, matar algo para permitir que uma nova vida venha. Matar dentro de nós. Questão de espaço. Faz sentido que não comportemos tudo. Não há espaço para tanto sentir. E quando insistimos em manter vivos certos sentimentos através de respiração artificial, não há espaço para nascer nada de novo. Então temos que abrir o baú e matar dentro de nós mágoas, dores velhas ou novas, moções empoeiradas, vícios humanos, escolhas erradas, ferimentos mantidos sangrando, decepções, conceitos obliterados, amores infelizes, imagens amareladas, relacionamentos passados, tristezas, amarguras, pessoas... E por aí vai... A lista é individual, cada um tem a sua. O que é comum a todos é a responsabilidade de, interiormente, exterminar, dar fim ao que é ruim para que algo novo e bom nasça. É fácil? Não mesmo. A aparência de qualquer morte é sempre feia e matar internamente não é simples impulso, é decisão pensada, medida e avaliada. É fato que temos sempre a opção de continuar achando que os barcos do sentir seguem seu curso e, chegada a hora, ultrapassando a linha do horizonte do coração, morrerão por si só. Mas, na verdade isso significa manter no nosso âmago tudo - até o lixo - que amealhamos, em arquivos abarrotados que crescem e crescem embotando a vida, e nos enganarmos dizendo: são arquivos mortos. É isso ou então encaramos a megera e aprendemos a matar. O que deverá morrer em mim hoje? Essa é a pergunta que ela sugere para começar. E eu , com a experiência de observadora criança, humildemente acrescento: não basta escolher dentro de nós o que vai morrer, e em seguida matar. É preciso enterrar. Porque às vezes o que nos fez mal já está pra lá de morto, mas mantemos mumificado dentro de nós, para usarmos como referencial, para não esquecermos do que sofremos e não cairmos de novo nas mesmas armadilhas. Outro engano. Nada é igual nunca, e dores embalsamadas não servem como exemplo, nem protegem, só paralisam. Não há fórmula. Não há bulas. Não há receitas infalíveis. A única maneira de viver é permitir que a vida nasça e morra e de novo nasça, tantas vezes quanto forem necessárias... Portanto, para abrir os espaços é necessário nos fazermos perguntas. E uma vez identificado o que não é bom e não nos serve mais, devemos dar-lhe a morte. Em seguida enterremos nosso morto, choremos um pouco, e, cumprido ritual, vistamo-nos com esmero para esperar. Algo bom estará nascendo. E agora? Agora o mundo real chama, a vida grita, o tempo urge e eu, buscando palavras para matar o texto com chave de ouro, relembro que o fim é uma questão relativa, mas necessária. E olhando da janela para o horizonte que parece ser o fim, mas é também o princípio, finalizo para poder (re)começar. Afinal comecei meu texto falando de meus tempo de criança, é importante relembrar e deixar em evidência valores, que considero primordiais, assim utilizo as sábias palavras do pequeno príncipe, amigo longínquo de outrora, que marcou sua presença eternamente com o seguinte diálogo entre o príncipe e a raposa:

“...- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não deve esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...- eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.Sinto-me responsável por todos aqueles que eu cativei, ou que me cativaram. Isso é fácil? Não. Por vezes deixo de cuidar bem de cada um, com carinho e atenção que merecem. Mas cada amigo é para mim algo inestimável. É a grande oportunidade de aprender e de crescer como pessoa. Há pessoas que são um equívoco, que talvez eu não soubesse cativar, ou que talvez eu reconhecesse nelas as minhas fraquezas e defeitos, e sendo assim eu descartei, deixei de lado de uma vez. Outras o tempo e espaço separaram, mas são como o trigo para mim, uma simples recordação me remete aos bons momentos juntos.Eu amo todos que me cercam. Gostaria que todos soubessem, caso eu não tenha dito. As palavras, às vezes ficam travadas em nossa garganta, simplesmente não saem. Mas quando me encontrar, saiba que é com um grande abraço que retribuirei tua amizade...”

9.07.2009

Patriota!

Antes tarde do que nunca! Digo ao povo que "fico", ou será outra as margens do Rio Ipiranga?!

Fomatura

Mais uma de sintonia, essa fraternal... Um adendo importante, a história tomou forma depois, mas enquanto contavam suas versões, um se encontra nas palavras do outro, balançando a cabeça, concordando, com a reciprocidade de pensamentos, entendimentos, emoções....

"Estava sentada na primeira fila, olhava para tudo e para todos, os olhos brilhavam, o coração palpitava, todos os olhares eram para mim, mesmo que soubesse que não eram, me perdia na imensidão de estar em evidência, mesmo rodeada de tantos outros colegas.
Não muito longe dali, meu irmão, que sim, não tirava os olhos de mim, tentava de todas as formas chamar minha atenção, já tinha, pulado, movimentado os braços, na tentativa de que aquela isca, fosse o suficiente para me atrair. Eu, sabia que minha família e amigos, estavam por ali, e apesar de olhar para tudo e para todos, enventualmente teria minha atenção voltada para os meus. Conseguiu, olhei para ele. Antes disso, ele já havia arquitetado seu plano infalível. Convenhamos que colação de grau é um troço muito chato, claro, uma passagem importante, um ritual, que deve ser vivenciado por aqueles que tem apreço por nós, mesmo quando sendo familiares, nos sentimos compelidos a ir, para estarmos ao lado dos que amamos e prestar nossas homenagens a mais essa conquista. Logo, meu irmão que já havia prestado a sua homenagem, viu no discurso de um amigo a chance de se livrar daquela roubada demorada, mais do que certo, pois eu faria o mesmo!!! Pensou em partir, mas estava dando carona para a minha avó e minha prima, como deixá-las?! Pensou que eu também estava de carro, e que poderia levá-las, mas e se eu já tivesse planos?! Precisava rapidamente falar comigo, mesmo a aquela distância, sob os olhares de todos. Então, após algumas tentativas frustadas, conseguiu que eu olhasse pra ele, e a conversa se deu, através de gestos. Não pensem vocês, que falamos libras, não, essa ainda é uma linguagem que não possuo, mas confesso que essa sintonia, foi facilitada por conta dos anos de imagem e ação. Gostaria agora, que vocês amigos leitores, imaginassem a cena, só com gestos, sem muita leitura labial, as mãos, as cabeças, os sinais. A conversa foi a seguinte:

Té: -Você ta de carro?!
Léo: - Sim estou.
Té: -Daqui você vai direto pra casa?!
Léo: - Sim
Té: - Eu vou embora. Você leva a vovó?!
Léo: - Sim, claro. Um beijo.
Té: - Mas eu não vou agora, só daqui a pouco.
Léo: - Ta certo.

Não foi preciso muito para o diálogo sair dessa forma, mas caros amigos, lembrem-se que no local, tinham mais ou menos umas 1.000 pessoas. A menina ao meu lado, me olhava gesticular e balançar a cabeça, como se meu lugar fosse no pinel, o que eu estaria falando?! Fazendo? - A Leona é maluca mesmo, pensou ela. - Em volta do meu irmão, os parentes e amigos, olhavam admirados com todo o entendimento, que se dera, sem que nenhuma palavra fosse proferida, haviámos nos entendido. Todos satisfeitos e sem nenhum ruído na comunicação.


Afortunada, realmente sou!

Pense antes de responder

Sabe quando você chama a atenção de alguém por alguma coisa, aí a pessoa nem pensa e já se desculpa e diz: - ihhh, foi mal, esqueci! Aí, depois a pessoa para pra pensar, e apesar de ter se desculpado, vê que não foi bem assim, tenta consertar, pois afinal quem quer ser culpado sozinho, né?! E diz: - Esquecemos, não?! Ainda não satisfeita, revê toda a história em sua cabeça, encontra uma chance de se livrar de toda a culpa, e se sente realizada, por poder dizer pra si própria: -Alto lá, vou me livrar! E manda em alto e em bom tom: - Esqueceu VOCÊ, né?! Afinal de contas, a última pessoa a mexer no pote foi você, completou em sua mente sem precisar falar uma palavra e mesmo assim se fez entender.
Você, o "culpado", olha para pessoa olho no olho e independente da maior parte da história ter acontecido na cabeça do outro, afinal , só haviam sido trocadas algumas palavras, entende absolutamente tudo, sabendo que entre esses dois seres existe uma sintonia inexplicável, e tem a sensibilidade de se entenderem sem que muito seja dito. Afortunados aqueles que tem a chance de trocar assim!

9.03.2009

Último suspiro





O fato de você ter partido
Sinceramente me deixou saudades
Mas ter levado teu amor contigo
Deveras uma cruel maldade

Que você não esteja mais presente
Acredito que já faz parte do cotidiano
Mas privar-me do teu corpo ardente
Que impensável e pernicioso ato mundano

A tua ausência tem preenchido o dia
E este coração não encontra ancoradouro
E impedir-me da doçura de tua companhia
Foi, temporariamente, um funesto agouro

No dia em que desejar regressar ao lar
Traga consigo as tuas beldades sedutoras, contigo a saltitar
Pois percebi que é comigo o seu lugar
Teus dotes, mesmo longínquos, ainda estão a encantar


Leona Pacheco