10.09.2009

Clã

Já faz um tempinho que não escrevo um texto meu, e apesar de não ser uma de mais paixões, escrever se tornou um passatempo bastante prazeroso. Me pego pensando em vários topicos diferentes, sobre os quais, eu gostaria de escrever, e o mais curioso é que muitas vezes, enveredo por caminhos que nunca achei que seguiria, bom, melhor eu exemplificar né?! Sempre fica mais fácil, para eu mesma entender...rs!
Estava no banho ontem e me bateu uma nostalgia danada, estava pensando sobre minha família, e em como minha vida mudou em relação ao contato que tenho com meus familiares, é claro, que conforme a gente vai ficando adulto e tendo mais responsabilidades, as coisas mudam, e mudam com tanta facilidade, não é mesmo? Mudam de forma que a a gente nem percebe..... e quando vê já está levando outro tipo de vida, amadurecendo.... Até nosso gosto muda, seja: na hora de escolher a roupa, ou na hora de escolher o lugar para sair, o tipo de programa, a música, o paladar, ou até mesmo os critérios para escolher o parceiro, enfim, somos mesmo uma metamorfose ambulante, mas voltando... Então, estava eu lá pensando nos familiares e lembrando de alguns 'causos' peculiares, e resolvi vir compartilhar com vocês. Contudo, como a minha família é mesmo do ripinica, tem muita coisa para contar, aí eu resolvi criar o seguinte critério, vou escrevendo um texto para cada membro da família, e contando o 'causo', seja, um fato engraçado, ou emocionante, ou algo de valor especial para mim, claro que, eventualmente surgirão outros textos, falando de outros tópicos, mas vou narrando a saga dos Ripinica e todas as suas particularidades!
Ninguém melhor do que a mamãe para começar, mas isso requer um novo post... Inté!

Marx


Frase do dia: "Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado."


Karl Marx, "Das Kapital", 1867

10.07.2009

10.06.2009

10.05.2009

Calcutá




Frase do dia:
"Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las."


Madre Teresa de Calcúta

10.04.2009

EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!


"Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!"

Arnaldo Jabor

10.03.2009

Onde você estiver

Fernando Pessoa


Frase do dia:

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

Samba Meu







Meu programa favorito, Show! E que show maravilhoso acabei de assistir! Vou tirar uma soneca e voltar pra contar alguns causos... 03:19....




...10:55.... Voltei! E vamos ao que interessa. O show! Chegamos lá super cedo, os portões só abriram às 22:00, aproveitei e engoli um podrão antes de entrar, estava cheia de fome, havia chegado do trabalho a pouco. Enfrentamos uma filinha pra entrar, normal, mas entrando, fomos umas das primeiras no local, pudemos escolher a dedo o lugar que iríamos ficar, bem em frente ao palco, em pé no primeiro degrau. Como a galera ainda estava chegado, deu tempo para tomarmos um choppinho, e voltamos ferrenhas para o escolhido lugar. O show demorou a começar, já tinha até virado abóbora, mas de repente, as luzes diminuíram, empunhei o celular e comecei a filmar, o vídeo é exclusivo. O azul imperava, só a voz a princípio, depois conseguesse ouvir com mais intensidade o pandeiro e o cavaco, a galera se anima. Maria Rita um charme só, marcou presença, logo de cara. O show estava muito animado. Diferente do último que fui, eu sabia nesse, todas as músicas, cantava e dançava sem parar. Cara, mas por que as pessoas são tão sem noção e sem educação, beleza, show em pé, em um lugar pequeno, normal que as pessoas fiquem se esbarrando, mesmo que só isso já me incomode, eu sei, chata, sim sou! Esbarrar até vá lá, mas querer se enfiar na minha frente, sai fora. Mas enfim, nada que uma respirada profunda, e um olho no olho, com uma palavra chula não resolva, infelizmente, faz parte. Depois, disso só festa, me diverti horrores! Quero mais show! Só faltou mesmo uma pessoa... To adorando essa fase e indo a vários. Quem tiver uma indicação, manda ae!

10.02.2009

The sound of the music

Aos que não sabem, meu filme favorito é A Noviça Rebelde, -Sim! Eu amo musicais! Canto, danço, represento e sei até as falas, claro, tudo isso, sozinha! Não tenho vocação artística latente, mas na proteção do anonimato, ou na confiança de amigos, me transformo e liberto a artista que há dentro de mim!

Esse vídeo, é de um grupo de bailarinos na estação central (de trens) de Antuérpia, Bélgica. Dia 23 de março de 2009, sem qualquer aviso aos passageiros que circulavam pela estação, foi feito este vídeo. Uma gravação de Julie Andrews cantando 'Do, Re, Mi' começa a tocar no sistema público de som, e à medida que os passageiros vão se dando conta, perplexos, de que algo diferente está prestes a acontecer, uns 200 dançarinos começam a aparecer da multidão e das entradas da estação. Eles criaram esta beleza com somente dois ensaios! Aproveitem!

Eu estaria dançando com certeza!

Bom final de semana! Bjin=)

10.01.2009

Um dia de merda


"O que é um peido para quem está todo cagado? A expressão do título é conhecida de todos, mas o texto que a originou é menos.. É uma obra de Luis Fernando Veríssimo sobre a obra veríssima que ele fez numa viagem para Miami.
Aeroporto Santos Dumont , 15:30
Senti um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse. Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas. Afinal de contas, são só uns 15 minutos de busão.'Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo, o avião só sairía às 16:30'.
Entrando no ônibus, sem sanitários. Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil falei: 'Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro.'Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda. O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante: 'Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1hora, devido a obras na pista. 'Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo'. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada , mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado. Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada. Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal. Mas sem dúvida, a situação tava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de piedade, e confessei sério: 'Cara, caguei! 'Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle. Que se dane, me limpo no aeroporto', pensei. 'Pior que isso não fico'. Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez, como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés. E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade. E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar. Afinal de contas, o que era um peidinho para quem já estava todo cagado... Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pelaquarta vez. Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto. Mas era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada.
Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei falta de papel higiênico em todos os cinco. Olhei para cima e blasfemei: 'Agora chega, né? 'Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que concluí como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia. Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o'check-in' e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte. 'Ele tinha despachado a mala com roupas'. Na mala de mão só tinha um pulôver de gola 'V'. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus. Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. Minha cueca, joguei no lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10. Teria que improvisar. A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar. Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar. Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portãode embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola 'V', sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde...
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o 'RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO' e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria.
A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo. Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: 'Nada, obrigado. 'Eu só queria esquecer este dia de merda.
Um dia de merda... "


* Luis Fernando Veríssimo * (verídico)